Rogério Oliveira, 29 anos, escritor, publicitário, marketeiro, leitor de sentimentos alheios e apaixonado pela vida. Bibarrense, nascido e criado em Duas Barras, é autor do livro “ Bem me Quero” – Ed. Villardo – 3ª. Ediçao. Há alguns anos vive em Nova Friburgo, onde mescla o seu trabalho com a escrita e com a publicidade que é a sua área.

Como foi a sua experiência com o teatro na adolescência?

Foi sensacional para a minha evolução. Sempre fui uma pessoa mais retraída, tímida e insegura. O apoio e a força moral, na época em que adentrei aos palcos e aceitei o desafio em vencer o frio na barriga e encarar o público, foi obra dos meus professores Gabriela Ribas e Patrick Nogueira, sempre queridos, competentes e profissionais incríveis na arte friburguense. Com eles aprendi técnicas teatrais e bastante expressivas. Fui perdendo o medo de encarar de frente esse universo. Apresentei grandes clássicos, ganhei espaço e evolui gradativamente. Conheci pessoas incríveis e que compactuaram para despertar essa veia artística que sempre esteve em mim. (Risos). Na minha terra, Duas Barras, tive apoio total e espaço do querido Edson Felipe, com suas montagens e espetáculos tão cheios de cor, acessórios, artimanhas e muito amor. Hoje me orgulho de tê-los conhecido, poder conviver, compartilhar historias, viagens, parceria e muita evolução.

Teatro x publicidade x literatura o que te mais te realiza ?

Todos  estão interligados. Talvez não saberia dizer qual mais me realiza. Amo todos. Amo todas as minhas fases em cada uma delas. Teatro por me preparar, a publicidade por me fazer enxergar além, por criar possibilidades e oportunidades e a literatura, por me fazer viajar muitas vezes sem sair do lugar. Com a literatura eu posso ser múltiplo, eu sonho, eu enxergo a vida de vários ângulos, eu não tenho gênero, eu falo com o coração, eu me reinvento, eu supero, eu me desespero, eu brinco com as palavras, eu tiro da manga trunfos, eu trabalho de onde eu quiser, de um celular, através de uma tela. Eu amo as fases dos três. Sou agraciado demais por ainda viver cada um deles.

Como a literatura entrou na sua vida?

Sempre fui apaixonado por literatura. Desde pequeno já colecionava livros, já rascunhava coisas nos cadernos do colégio. Sempre escrevi mais do que falava. Sempre fui perceptivo, lidava com a sensibilidade. Sempre fui o amigo que escuta, que empresta o ombro, que dá conselhos certeiros e que muitas vezes não segue nem um terço, sabe? Era apenas um hobbie. Quando adolescente eu fui vivendo decepções, fui sentindo na pele as oscilações da vida. Com as porradas fui me calejando, e usava as palavras como válvula de escape para não surtar. Foi acontecendo. Quando vi já estava expondo nas redes o que eu sentia, vivia e o que gostaria de absorver. Foi viralizando, a galera foi curtindo, fiz meu nome e tô aqui. Hoje é trabalho, muita gente não sai de casa sem antes ler um pensamento meu. Virei amigo de gente que nunca vi na vida, mas que me confidencia problemas, situações delicadas, frustrações, medos e usam as minhas palavras para se reerguerem. Já salvei vidas com um texto, já virei votos de casamento no sim de um altar, já servi de indireta certeira, já juntei pessoas que não se falavam há tempos. Esse dom dinheiro nenhum paga. Saber que as minhas palavras salvam o dia de alguém é gratificante demais.

Últimos livros que leu e que livros indicaria?

Confesso que não tenho lido livros. Pretendo muito voltar à minha rotina de antes, de ler vários. A vida anda tão corrida que só tenho folheado trechos, citações e frases pelas redes mesmo. Um livro que eu indicaria? O meu. Risos. “Bem me quero” reúne crônicas de fé, otimismo, recomeço, superação, fim de relacionamento, auto controle, entre diversos outros que tem mudado a forma que muitos leitores enxergam a vida.

Fale sobre o sucesso do seu primeiro livro.

Confesso que não esperava esse sucesso todo. Ele repercutiu demais, graças a Deus. Chegamos à terceira edição. Tem sido um progresso. Muito trabalho duro, dedicação e amor. “Bem me quero” tem sido abraçado com o coração. Tem mudado a forma que os leitores enxergam a vida. O apelidaram de mantra diário, onde abrem uma página e pimba, lá está o texto para encarar uma rotina louca e tão atordoada. Sou grato por chegar onde estou graças a Ele. E não vamos parar. Já ganhamos espaço no Brasil todo e também no exterior. O propósito que ele carrega tem sido absorvido: querer-se bem!  Apaixonar-se por você todos os dias e ressaltar a pessoa ímpar que você sempre foi,  mas que, vez em quando, se esquece. Ele é um exercício diário para vencer um dia de cada vez. É o fiel escudeiro pra todas as horas. Eu sou suspeito pra falar: mais ele é maravilhoso. Orgulho por sabe que saiu de mim.