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Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que o setor varejista brasileiro deve movimentar R$ 2,75 bilhões neste Dia dos Namorados. Se a projeção se confirmar, o crescimento nas vendas será de 3,2% em relação a igual período de 2024.

De acordo com a CNC, a expectativa se baseia na melhora do mercado de trabalho, cujo índice de desocupação atingiu 7% no primeiro trimestre – o menor já registrado –, e no aumento de 4% no poder de compra dos consumidores na comparação com o ano passado. Afora esses números, a renda total da população ocupada subiu 6,9%, marca determinante para incremento do consumo.

O levantamento da CNC prevê que os segmentos de vestuário, calçados e acessórios se destaquem na data comemorativa, respondendo por 40% das vendas e faturamento de R$ 1,077 bilhão. Utilidades domésticas e eletroeletrônicos aparecem logo depois, com estimativa de receita de R$ 806 milhões e 29% das vendas, e seguidos por produtos de farmácias, perfumarias e cosméticos, que devem somar R$ 318 milhões e quase 12% das vendas. O ramo de cosméticos, inclusive, desponta com a maior expansão entre os demais, de 6,6%.

Fabio Bentes, economista da CNC, argumenta que o cenário para o Dia dos Namorados se mostraria ainda mais otimista se a taxa média de juros para o crédito ao consumidor com recursos livres não tivesse alcançado 56,4% ao ano.

“Apesar do custo elevado do crédito e do comprometimento de parte da renda das famílias com dívidas, a maior capacidade de consumo proporcionada pelo mercado de trabalho pode compensar esses fatores, contribuindo para o desempenho positivo de diversos setores do varejo”, analisa o especialista.

Até maio, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,4%, puxada pela alta dos preços de itens como joias e bijuterias (+ 24,1%), chocolates (+ 22%) e hospedagem (+ 11,3%). Mesmo assim, há categorias com possibilidade de queda dos preços, como bebidas alcoólicas (- 0,3%), aparelhos telefônicos (- 0,4%) e flores naturais (- 0,6%).