O príncipe de Oxalufã, 2022. Acrílica, marcador permanente e spray sobre linho. 210 x 140 cm.

Neste ano, a galeria Galatea, comandada por Tomás Toledo, Antonia Bergamin e Conrado Mesquita, passa a representar oficialmente o artista plástico O Bastardo, nascido e criado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Explorando, inicialmente, linguagens como o grafitti, o artista elabora um diálogo estreito entre questões autobiográficas e o pensamento pictórico, fruto de vivências familiares e passagens por escolas de arte, como a EAV – Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e a Beaux-Arts de Paris, na França. Os temas trazidos em suas obras abordam o cruzamento entre práticas cotidianas do empoderamento de pessoas negras e gestos de pertencimento a grupos sociais, como a religiosidade ou a descoloração do cabelo.

Em parceria com a Galatea, o MAR (Museu de Arte do Rio) expõe a primeira exposição individual do artista, “O Retrato do Brasil é Preto”, aberta neste sábado, 18, às 11h, e tem curadoria de Marcelo Campos e Lilia Schwarcz. A mostra traz uma série de pinturas que se apresentam a partir das experiências do artista – retratos realizados com a técnica do grafite e inspirados pelos desenhos de rua possuem destacada assinatura cromática. Em suas telas, personagens negras, célebres ou anônimas são protagonistas no repertório visual.

Hoje, Bastardo, um jovem de 25 anos, vindo do subúrbio do Rio, vive e trabalha em São Paulo, com o compromisso de fazer da arte um lugar de representatividade.

SERVIÇO:

Exposição “O Retrato do Brasil é Preto “ – O Bastardo.

Museu de Arte do Rio: Praça Mauá, 5 – Centro, Rio de Janeiro – RJ.

Em cartaz de 18/03 a 28/05.