Unodiverso abre temporada 2024 do projeto Resistência na Usina Cultural Energisa em Nova Friburgo
A nova mostra UnoDiverso apresenta a produção de oito novos artistas em 2024. Ana Carolina Turque, Ana Paula Marques Mikoczak, Bruna Dias, Charles Zippi, Flora Lis, Guilherme Caetano, Jhasmyna e Rui Possodelli são os novos talentos da região que vão celebrar a diversidade e a coletividade em um projeto que trabalha a arte-educação, o coletivo e o singular em sua produção. Além do grupo, a artista Elis Pinto foi convidada para compor a mostra. A Unodiverso abre as portas dia 23 de fevereiro para a mostra que vai oferecer a nova experiência na Usina Cultural Energisa Nova Friburgo.
A pintura, fotografia e a colagem são as principais técnicas utilizadas pelo grupo, com algumas propostas em multilinguagens, e serão apresentadas no primeiro piso da Usina Cultural Energisa Nova Friburgo, que terá um novo layout cenográfico explorado pela Unodiverso com o objetivo de proporcionar uma nova apresentação e experiência do espaço. Assim como a Tecnoscópio, exposição anterior do Projeto que destacou a arte produzida e em crítica ao ambiente digital, a UnoDiverso conta com um time de curadores selecionados: Mario Massena, Mario Moreira e Tiago Vianna. Acompanhando o trabalho dos artistas da seleção até a produção de conteúdo, o grupo (coletivo, afinal) entrega uma exposição criativa, com muita expressão cunhada no universo de cada artista e na troca proposta durante a imersão com o Projeto Resistência. A UnoDiverso pretende emocionar e envolver o público mais uma vez apresentando alguns talentos da região na exposição que celebra a diversidade e a coletividade! Conheça os oito artistas selecionados e a artista convidada Elis Pinto:
Elis Pinto nasceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e reside em Lumiar, Nova Friburgo. Multiartista, trabalha a interdisciplinaridade, utilizando diversos materiais e suportes para sua produção, no entanto tem a pintura acrílica e óleo como especialidade. Estudou desenho, gravura, escultura, cerâmica, fotografia expandida tendo sido monitora em três anos na EAV do Parque Lage. Tem trabalhos e projetos de instalação de objetos. Em suas experiências, principalmente na vida e na assistência a artistas plásticos de notoriedade, desenvolveu grande habilidade de encontrar soluções criativas, identificar prioridades, pensar estratégias e resoluções de problemas para execução de projetos, sendo capaz de criar e cumprir cronogramas de execução atendendo aos prazos estipulados.
Artistas selecionados
Ana Carolina Turque é natural de Nova Friburgo. Tem 21 anos e começou a fazer colagens durante a pandemia para combater a ansiedade e a insônia. Antes escape, as colagens se tornaram um meio de se autoconhecer e “levar o inconsciente à consciência”. Os trabalhos são feitos, na maioria das vezes, de forma digital pelo Photoshop, mas também trazem recortes e texturas manuais. “Tenho o Labirinto de Dédalo como coração e faço da colagem minha esfinge.” – @anaturq
Ana Paula Marques Mikoczak. Fotógrafa, Ana Paula, aos 26 anos, destaca-se por sua versatilidade, cobrindo eventos e capturando retratos e paisagens. A paixão cinema expandiu seus horizontes e a artista participou de experiências na área dirigindo o curta-metragem “Cotidiano”, assumindo a direção de arte em “Rationale” e a direção de fotografia em “O continuísta”. Como psicóloga, busca através do projeto CineQueer, criar um espaço inclusivo para debater filmes que abordem a diversidade. Ana Paula Marques Mikoczak não se limita apenas à fotografia e ao cinema, estendendo sua atuação para a colagem e obras de arte que exploram o cotidiano.
Bruna Dias, 32 anos é ceramista de Nova Friburgo, tendo se encantado pela cerâmica por ocasião de um trabalho da faculdade de Artes. “Pode-se dizer que foi amor à primeira vista, ao primeiro toque. A argila permite o encontro com a terra, com a totalidade e com a simplicidade simultâneamente. ” Em função de inúmeros cursos e da contínua dedicação à pesquisa na arte cerâmica, Bruna produz com propriedade uma vasta gama de artefatos que vão desde utensílios para casa, passando por joias de cerâmica até ânforas, murais e esculturas evidenciando uma outra maneira de estar e sentir a natureza. O artifício e a natureza não são forças opostas, mas complementares que se unem em harmonia nas obras de Bruna. Por isso, a insistência nas formas naturais, na textura e cores da argila e na reciclagem. Além da pesquisa e produção em cerâmica, a artista leciona e oferece oficinas para jovens e adultos.
Charles Zippi, 33 anos, é artista e designer, formado em Comunicação Visual pela Escola de Belas Artes – UFRJ, transita entre artes gráficas, intervenções urbanas e performances. Buscando criar diálogos sensíveis suas obras são marcadas pela presença das palavras, em uma exploração do sentimento estético associado à linguagem. Seu estilo traz referências do cotidiano – placas de rua, desenhos de calçadas, manuais de instruções, cartas de jogo, entre outras – para abordar sacralidade, magia e religião. Explora interseções entre espiritualidade, arte e política, a partir de uma perspectiva ancorada na não-dualidade entre vacuidade e criação. É praticante do Discordianismo, uma religião contracultural que celebra o caos enquanto força criativa e princípio (des)organizativo do mundo. A partir dessa base, busca construir interfaces interreligiosas e multipolares, celebrando a diversidade sincrética que constitui nosso território.
Flora Lis, 19 anos é uma artista independente, com nome artístico de berço. “Desde que me entendo por gente fui cercada por arte”. Flora procura mesclar as diversas habilidades (canto, artes plásticas etc) para poder trazer em seus trabalhos sempre um pouco de si. “Adoro traduzir o que sinto e vejo no mundo, e mais ainda, explorar como fazê-lo. Venho fazendo muita música, mas com as palavras me vem as imagens, e nunca deixo de captá-las (desenhando, pintando). ”
Guilherme Caetano, 28 anos, é fotógrafo e psicólogo nascido e criado em Nova Friburgo. “Busco através de uma tentativa de contato com a vida, uma forma de expressar o que as palavras não costumam alcançar com precisão. Através de caminhadas que por vezes varam mata adentro com a câmera na mão e mochila nas costas, a fotografia se apresentou para mim como uma aliada e uma ferramenta de expressão que me fez querer registrar a beleza do intangível, ou algo como a captura da impermanência, ou um congelamento do espaço-tempo, me possibilitando a contemplação.” Como psicólogo, Guilherme questiona e também busca entender como nossa relação com o mundo como sociedade é tão pautada pelo medo da vida. “Como fomos parar nesse lugar onde somos estranhos a nossa própria natureza? Estranhos a nós mesmos? Quando foi que perdemos a sensação de pertencimento com o chão que pisamos? ”
Jhasmyna, 23 anos, é cantora, compositora e artista plástica. Carioca erradicada em São Pedro da Serra, se aventura no mundo da arte desde criança, tendo se introduzido profissionalmente na música aos 14 anos e aos 20, no mundo das artes plásticas. Sempre gostou de escrever e criar faz parte de sua essência humana. Se aventura em suas multilinguagens artísticas para expressar como sente e enxerga o mundo, esperando sempre tocar o outro. Seus desenhos, quase sempre em preto e branco, representam faces com expressões intensas, trazendo um pouco do expressionismo, por conta da pareidolia da artista. Encantada pelo carvão, por sua maleabilidade, costuma desenhar em telas. Se aprofundou ainda mais em suas pinturas nos últimos dois anos, criando camisas, cenários para seus shows e ímãs de geladeiras com suas artes.
Rui Possodelli, 29 anos, é filho de Zé Roque, poeta, escritor, redator, ilustrador e pintor – “e, por isso, agradeço”. Rui já foi vendedor, professor, “marqueteiro”, designer e ajudante de marceneiro. “Faço artes diversas desde os 3 anos, por estímulo de minha mãe”. Após uma breve pausa na adolescência, Rui retomou a produção artística com certa regularidade durante a pandemia, e iniciei um projeto, no Instagram, focado em autoconhecimento que alternou diversos formatos, sempre em texto, ilustração ou pintura. Atualmente, trabalha com arte e audiovisual, Rui angariou um público e colhe os frutos dessa produção iniciada em 2020. “Eu sou eu, me tornando quem sou, orgulhoso do que fui, pois me trouxe onde estou.”
A exposição UnoDiverso – Novos Artista acontece a partir do dia 23 de feveirreiro, de terça a sábado, das 13 às 20h.
Serviço:
UnoDiverso
Data: a partir de 23/02/2023 ( De terça-feira a sábado)
Local: Usina Cultural Energisa
Horário: das 13 às 20h
Ingresso: gratuito
Público: todas as idades