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Por Valma Souza

No Dia do Professor, celebramos a dedicação de quem escolheu educar. Este é um momento para refletir sobre os desafios que enfrentamos na educação contemporânea, mas também sobre as vitórias que conseguimos ao longo do caminho. No PB Colégio e Curso, acreditamos que o verdadeiro papel do professor vai além de transmitir conhecimento, trata-se de cultivar relações significativas, entender as histórias de nossos alunos e inspirá-los a se tornarem a melhor versão de si mesmos.

Vivemos em um mundo onde a informação não pára, ela chega o tempo todo, sem descanso, mas por outro lado, a atenção se torna escassa. As redes sociais e o bombardeio constante de notificações podem desviar o foco dos nossos alunos, tornando difícil para eles se concentrarem no que realmente importa: seu aprendizado. Essa realidade exige que nós, educadores, nos reinventemos e busquemos maneiras de tornar o aprendizado mais atrativo, consciente e envolvente.

No PB, decidimos não permitir o uso de celulares em sala de aula. À primeira vista, isso pode parecer uma limitação, mas, na verdade, é uma forma de acolher e conectar nossos alunos. Sem as distrações digitais, conseguimos criar um espaço onde todos podem se sentir mais próximos — uns dos outros e de nós, professores, diretores e monitores. É nesse ambiente que as ideias fluem, as dúvidas aparecem e as conexões se fortalecem.

Minha própria história reflete a importância dessa conexão. Venho de uma família simples que sempre valorizou a educação, e cresci ouvindo relatos sobre a superação da minha avó, que era analfabeta, e da luta da minha mãe, que só teve a oportunidade de concluir seus estudos quando eu já estava no ensino superior. Essas experiências moldaram minha visão sobre a educação: ela é uma ponte para um futuro melhor.

Como professora, reconheço que cada aluno traz consigo uma trajetória única. Muitos deles têm histórias de superação, sonhos grandes e medos que precisam ser enfrentados. É nosso papel, como educadores, ouvir essas histórias e mostrar que estamos aqui para apoiá-los. Essa empatia é fundamental para criar um ambiente acolhedor, onde cada um se sinta valorizado e reconhecido.

A educação é uma ferramenta poderosa de transformação. No PB, queremos que nossos alunos não apenas conquistem vagas nas universidades mais concorridas do Brasil, mas que também se tornem cidadãos conscientes, empáticos e determinados. Cada lição, cada desafio e cada interação são oportunidades de crescimento, tanto para eles quanto para nós, professores.

Meu próprio percurso na educação começou de forma simples. Com meu irmão, montamos uma sala de aula no quintal da nossa casa, onde começamos a dar aulas particulares. Aquela experiência inicial se transformou em algo muito maior, e ao longo do tempo, conseguimos construir uma escola que atendeu a centenas de alunos. Essa jornada me ensinou que a educação tem o poder de mudar vidas, e é esse mesmo poder que quero transmitir a cada aluno que passa por nossas mãos.

Ensinar é uma arte que requer paixão, inovação e um toque pessoal. É fundamental que busquemos maneiras criativas de tornar as aulas interessantes e relevantes. Explorar metodologias que promovem a participação ativa dos alunos, como debates, trabalhos em grupo e projetos práticos. Essas experiências não apenas tornam o aprendizado mais divertido, mas também ajudam a construir habilidades essenciais para a vida.

Além disso, devemos ser modelos de aprendizado contínuo. Mostrar aos alunos que aprender é um processo que nunca termina. Os inspirar a se tornarem curiosos e a buscarem conhecimento por conta própria. Essa mentalidade é o que queremos cultivar em nossos jovens: a ideia de que a educação é uma jornada que dura a vida toda.

Neste Dia do Professor, celebramos não apenas a profissão, mas a missão de transformar vidas. O desafio de educar na era da informação é grande, mas as recompensas são imensuráveis. Ao criarmos laços afetivos e desafiarmos nossos alunos a darem o seu melhor, temos a chance de impactar suas vidas de maneiras profundas.

Cada aluno que passa por nossas mãos é uma nova oportunidade de fazer a diferença. Ao acolhê-los e guiá-los, podemos ajudá-los a encontrar seu potencial, a sonhar grande e a se tornarem protagonistas de suas próprias histórias. Afinal, quando olhamos para cada um deles com empatia e carinho, estamos plantando as sementes de um futuro mais brilhante.

*Valma Souza é Diretora do PB Colégio e Curso da Região Oceânica