O público 60+ já é mais de 17% da população em alguns lugares do país, deve dobrar até 2050 e chegar a 40% até 2070. Cada vez mais saudáveis e dispostos, são um público exigente e que sabe de seus desejos e necessidades. E devem ser um dos focos mais importantes para o mercado imobiliário da nova década.

“O envelhecimento populacional é a maior mudança demográfica do século. Quem não se adaptar, ficará para trás.” A frase é de Daline Hällbom, 17 anos de mercado imobiliário, sócia da Söderhem, empresa que acaba de chegar ao Brasil com a proposta de unir o jeito escandinavo de construir com o calor humano brasileiro. “Uma arquitetura pronta para oferecer beleza e funcionalidade para um mercado crescente, exigente e que deve ser o maior foco para imóveis na próxima década”, confirma Beatriz Pons, arquiteta brasileira sediada há 13 anos em Estocolmo, Suécia.

Foi lá que Beatriz e Daline aprenderam a arte de construir para 60+: “enquanto no Brasil temos um só modelo de construção a maturidade, que mistura imóveis bem pequenos com um jeito meio casa de repouso, na Suécia existem 3 tipologias bem distintas de construção: as instituições de longa permanência, para quem precisa de cuidados integrais, a moradia com assistência, uma tipologia intermediária com serviços mais consistentes e ambiente mais seguro e o Sênior Living, que oferece construções adaptadas e com comodidades dirigidas, mas nas quais não é necessária nenhuma decisão de assistência para adquirir o imóvel.

É exatamente neste terceiro modelo, ainda inexistente em solo nacional, que a dupla está apostando: “queremos satisfazer um público maduro, porém saudável e jovem, que tem uma boa renda e que não quer jogar dominó (não que isso seja ruim), mas surfar ou voar de parapente, por exemplo”, enfatiza Daline. E, portanto, segundo ela, não haveria melhor lugar para sediar a empresa e lançar o primeiro empreendimento do que Florianópolis, a capital desejo desse público, que recebe cerca de 25 mil novas pessoas por ano, uma boa parte delas 60+. O primeiro empreendimento da Söderhem está previsto para 2026, na Lagoa da Conceição, cartão postal de Floripa.

E a nova proposta não vem preencher apenas uma lacuna de projetos de moradia, mas também de mudança de estilo de vida: “nosso modelo combate um dos maiores problemas do envelhecimento: a solidão. Criamos ambientes que facilitam encontros, amizades e uma vida social ativa, com espaços comuns planejados para gerar bem-estar e conexões reais entre os moradores, lembra Beatriz, que se especializou nesse formato em um dos melhores mercados do mundo quando se fala em cuidar da maturidade.

Hoje, a empresa já está sendo sondada por muitas incorporadoras e tem foco não apenas no projeto, mas na gestão do empreendimento, que será realizada em parceria com a catarinense Embracon. “A ideia é proporcionar moradia de alto padrão, unindo sustentabilidade e beleza, e serviços de alta qualidade, promovendo saúde, movimento e experiências para os moradores:, explica Beatriz.

Com o slogan “Onde a Suécia encontra o sol”, a empresa pretende atingir um mercado estimado em  R$ 1 ,6 bilhão por ano, já nos primeiros ciclos de expansão com projetos boutique e estratégia escalável. Com isso, pretendem conquistar mais rapidamente  seu objetivo principal, que é mudar o shift do envelhecimento no Brasil: “estamos envelhecendo, esse é um caminho sem volta. A ideia, então, é envelhecer com dignidade, beleza e propósito”, finaliza Daline.

Saiba mais: https://www.instagram.com/soderhem.seniorliving/