Associação de executivas de Finanças discutiu temas diversos em Minas Gerais

Empresas com pelo menos 30% de mulheres em cargos de liderança têm 12 vezes mais chances de se classificar entre as 20% melhores em performance financeira, mostra relatório recente da The Conference Board.

É com base em dados como esse que a LeverPro, empresa especializada em soluções tecnológicas para automação financeira com sede em Belo Horizonte, realizou o primeiro encontro de networking da W-CFO Brazil em Minas Gerais.

A W-CFO Brazil é uma associação de mulheres executivas de finanças que completa cinco anos em 2025, tendo realizado, no período, eventos similares em São Paulo. Os encontros, como o que ocorreu na capital mineira, têm formato descontraído, propiciando momentos de conversas e compartilhamento de experiências.

No lugar de palestras formais, a W-CFO Brazil propõe conversas, sem deixar de abordar com intensidade os temas. No encontro de Belo Horizonte, dialogaram com o público, a CEO da It-One, Andrezza Alencar, o especialista em governança, Milton Nassau e o fundador e CEO da LeverPro, Alysson Guimarães. Uma das participantes também foi a executiva Andrea Rajão, CFO da ImunoBR e mentora na W-CFO Brasil. Como parte do comitê organizador do evento, ela foi uma das responsáveis por trazer o encontro para Belo Horizonte. Uma peculiaridade: a organização do evento sugeriu como dress code as cores lilás, símbolo de combate à violência doméstica, e roxo, associado à inovação, criatividade e tecnologia.

Anfitriã da reunião, a CFO da LeverPro, Maria Helena Cotta Guimarães, destaca a importância da W-CFO Brazil no impulsionamento da participação feminina na área de finanças. “É um segmento ainda predominantemente masculino. Um dos maiores desafios é conquistar espaço, comprovando competência técnica e superando barreiras sutis, como a subestimação em reuniões estratégicas, a dificuldade de acesso a redes de relacionamento influentes e a necessidade de apresentar resultados superiores para obter o mesmo reconhecimento”, ressalta.

Em sua avaliação, as mulheres têm conseguido transpor obstáculos. “Hoje vemos mulheres ocupando posições que, no passado, pareciam inimagináveis. Acredito que isso se deve à força extraordinária que carregamos e à determinação com que buscamos nosso espaço”, afirma Maria Helena.

Para a CFO da LeverPro, a diversidade de gênero nas organizações não é apenas uma questão de equidade, mas um potente diferencial estratégico. Um estudo da McKinsey & Company mostra que a diversidade de gênero em equipes executivas mais que dobrou na última década e que empresas com maior representação feminina têm probabilidade significativamente maior de superar financeiramente aquelas com 30% ou menos. Da mesma forma, empresas no quartil superior de diversidade étnica apresentam uma vantagem financeira média de 27% sobre as demais.

“[A performance superior feminina] Ela é impulsionada por competências significativamente singulares que as mulheres trazem para o ambiente corporativo, como empatia para compreender diferentes pontos de vista, colaboração genuína para unir esforços, adaptabilidade para lidar com cenários instáveis, visão sistêmica para conectar áreas e estratégias e sensibilidade para identificar oportunidades que muitas vezes passam despercebidas. Essas qualidades fortalecem a cultura organizacional, ampliam a capacidade de inovação e tornam as empresas mais preparadas para enfrentar mercados em constante transformação”, afirma Maria Helena.