AfroReggae dá início à Formação de Atores e Atrizes com Aula Magna de Erika Januza

No dia 04 de novembro, o Grupo Cultural AfroReggae deu início à Formação de Atores e Atrizes para o Audiovisual, em uma Aula Magna realizada no Centro de Cultura Digital Waly Salomão (e-Waly), em Vigário Geral.
O encontro contou com a presença da atriz Erika Januza, que participou da abertura do programa e compartilhou sua trajetória e experiências no cinema e na televisão. A atividade marcou o começo de uma nova etapa no compromisso da instituição com a democratização do acesso à formação artística e à inserção profissional no setor audiovisual.
O programa foi criado com o objetivo de ampliar a diversidade em tela, oferecendo oportunidades para jovens negros, de favelas e áreas periféricas ingressarem no mercado audiovisual, fortalecendo a representatividade e promovendo inclusão real no setor.
A turma inaugural reflete esse compromisso: entre os 80 participantes selecionados, 86,7% são pessoas negras (pretas e pardas), incluindo pessoas trans, de gênero fluido, não binárias e com deficiência. Os alunos vêm de mais de 40 bairros do Rio de Janeiro e 10 municípios da Região Metropolitana, representando territórios que vão de comunidades como Maré, Vidigal, Complexo do Alemão e Vigário Geral a bairros da Zona Sul, Zona Norte e da Baixada Fluminense. O recorte territorial demonstra o alcance e a pluralidade do projeto.
O processo seletivo que antecedeu o início das aulas contou com 933 inscrições e foi realizado em múltiplas etapas. Após a análise dos vídeos enviados pelos candidatos, 160 pessoas foram convidadas para audições presenciais, realizadas em dois dias de atividades intensas no e-Waly.
As dinâmicas foram conduzidas por uma banca composta por atores e profissionais reconhecidos do audiovisual, junto à equipe pedagógica do AfroReggae, e acompanhadas pela preparadora de elenco Isadora Ferrite, referência no campo da atuação e da formação de intérpretes.
As aulas acontecerão três vezes por semana — às segundas, quartas e sextas-feiras — em turmas da tarde e da noite. Nos três primeiros meses, cerca de 80% da carga horária será dedicada à interpretação, consolidando a base técnica e expressiva essencial para o trabalho de atuação. Em cada encontro, os estudantes também receberão desafios de produção audiovisual, a serem realizados de forma independente, com acompanhamento da equipe pedagógica. Essa dinâmica totaliza nove horas de atividades semanais, entre aulas presenciais e práticas extraclasse, alcançando 360 horas de formação ao longo dos dez meses do programa.
“Mais do que ensinar técnicas de atuação, queremos inspirar esses alunos a acreditarem no seu próprio potencial e enxergarem o audiovisual como um espaço possível de pertencimento e futuro. O AfroReggae sempre acreditou na arte como ferramenta de transformação, e esta formação é mais um passo nesse caminho”, afirmou Danilo Costa, diretor executivo do AfroReggae.
A iniciativa é uma realização do Grupo Cultural AfroReggae, em parceria com o Guaraná Antarctica, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
O Grupo Cultural AfroReggae é uma organização não governamental fundada em 1993, com a missão de promover impacto social por meio da arte, da cultura e da educação. Voltada especialmente para jovens de favelas e periferias urbanas, a instituição busca ampliar oportunidades para grupos historicamente estigmatizados, combatendo preconceitos, reduzindo desigualdades e promovendo inclusão produtiva e mobilidade social.
Nos últimos anos, o AfroReggae passou por um processo de reestruturação programática, com foco no fortalecimento de sua atuação no setor digital da economia criativa.
Atualmente, desenvolve iniciativas nas áreas de audiovisual, games e música, com o objetivo de potencializar comunidades, fomentar a inovação social e ampliar o impacto de suas ações por meio da inserção de jovens no universo tecnológico e criativo.






