Foto: Ana Paula Amorim

A Maneco Müller : Multiplo, no Leblon, prorrogou até 4 de dezembro a exposição de Amalia Giacomini, nova artista representada pela casa. No dia 2, terça-feira, a galeria promove um bate-papo entre ela e Fred Coelho, crítico de arte que assina o texto da mostra. A individual “Linha, peso mínimo” apresenta pela primeira vez no Rio trabalhos de uma série que Amália vem desenvolvendo desde 2024, num diálogo entre a geometria abstrata e física. Entre esculturas e objetos instalativos, o público encontra obras elaboradas com correntes finas de metal e criadas especialmente para a exibição. Com entrada franca, o bate-papo entre a artista e Fred Coelho tem vagas limitadas e as reservas devem ser feitas pelo WhatsApp (21) 2042 0523.

“Linha, peso mínimo” traz trabalhos inéditos da série Flutuações, nunca apresentada ao público carioca. Num sofisticado jogo entre peso e leveza, inércia e movimento, nas esculturas e objetos instalativos de Amalia Giacomini, finas correntes milimetricamente perfiladas pendem do teto, das paredes, de suportes, traçando curvas no ar e formando desenhos, ora planos, ora tridimensionais. Nesses trabalhos, a artista investiga a geometria das catenárias, curva em forma de U, formada por uma corrente flexível, suspensa apenas pelas extremidades, submetida à força da gravidade. Na pesquisa dela, a catenária surge tanto como fenômeno físico quanto poético, dando corpo ao invisível e levando volume ao vazio. As obras de Amalia Giacomini dialogam com o local da instalação, criando e recriando formas por meio da geometria e do elemento surpresa. “Escapando dos rigores da lógica e das fórmulas matemáticas, num diálogo delicado entre peso e leveza, as obras de Amalia transformam linha em poesia”, diz Maneco Müller, sócio da galeria.

No trabalho da artista há um encontro entre a geometria formal — que desenha, mede, estrutura — e a geometria física, aquela que se manifesta nas forças, no movimento, na ação contínua do mundo sobre a matéria. As correntes finas — pesadas, mas delicadas — não são apenas linhas: são corpos que respondem a tensões provocadas. Cada curva é resultado direto da gravidade, cada suspensão carrega em si o peso que a desenha. “Meus trabalhos são como desenhos no espaço, lidam com uma certa volumetria que se estabelece no vazio. O vazio tem tanto peso e presença quanto o espaço ocupado”, diz a artista, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP. “Essa é a primeira individual de Amalia Giacomini na galeria. Há anos acompanhamos de perto sua trajetória e somos surpreendidos pela força de suas criações. Estamos muito honrados de passar a representá-la no Rio”, finaliza Stella Ramos, sócia da galeria.

SOBRE A ARTISTA

Amalia Giacomini é paulista e vive no Rio desde 2000. Formada em arquitetura pela FAU USP, pós-graduada pela PUC-Rio e pela EBA-UFRJ, é professora do DAU PUC-Rio. Desde o início dos anos 2000, vem participando de exposições em diversas instituições do país, como Instituto Tomie Othake, Itaú Cultural, Museu da Casa Brasileira, Paço Imperial, Centro Cultural São Paulo, Galeria da Funarte (RJ), Galeria da FGV, MAC do Paraná, MAC de Niterói, Centro Cultural Dragão do Mar, entre outras. Fora do Brasil, realizou individuais na Galeria Nacional de Praga e na Cité des Arts de Paris. Sua obra faz parte de coleções públicas e privadas, como o MAR (Museu de Arte do Rio), a FGV Arte e o Instituto Figueiredo Ferraz.

SERVIÇO

Exposição de arte contemporânea

Título: Linha, peso mínimo

Artista: Amalia Giacomini

Local: Maneco Müller : Multiplo Galeria

Bate-papo com amália Giacomini e Fred Coelho: 2 de dezembro (terça-feira), às 18h30

Reservas: WhatsApp (21) 2042 0523

Encerramento: 4 de dezembro de 2025

Visitação: De segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30 (sábados, sob agendamento)

End: Rua Dias Ferreira, 417/206 – Leblon – Rio de Janeiro

Entrada franca