Brasil perde Emanoel Araújo, criador do Museu Afro Brasil
O artista Emanoel Araújo morreu na madrugada desta quarta-feira, 7, em São Paulo, vítima de um infarto fulminante. Ele tinha 81 anos. De acordo com um amigo do escultor, pintor e museólogo, ele foi encontrado morto no escritório de casa, onde iria receber os amigos para um almoço.
De acordo com o secretário estadual da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, vai decretar luto oficial no Estado.
O velório acontece durante esta quarta, 7, no pavilhão do Museu Afro Brasil. Por ter sido o curador-chefe da ilustração desde a fundação do local, em 2004, o espaço receberá o nome de Araújo.
Emanoel Alves de Araújo é natural de Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor e curador, ele realizou sua primeira exposição individual em 1959 e, na década seguinte, foi morar em Salvador, onde começou a estudar gravura com Henrique Oswald na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em 1972, recebeu a medalha de ouro na 3.ª Bienal Gráfica de Florença, Itália, e, no ano seguinte, o prêmio de melhor gravador. Entre 1981 e 1983, instalou e dirigiu o Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, além de expor individualmente no Museu de Arte de São Paulo, o Masp.
Se tornou diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo de 1992 a 2002. Lá, ele foi responsável pela revitalização da instituição. Foi em 2004 que ele se tornou curador e diretor do Museu Afro-Brasil, aberto naquele ano, em São Paulo.