CDL e Sincomércio realizam penúltima rodada de reuniões com candidatos a prefeito
Entidades receberam Hugo Moreno e Cacau Rezende
Cacau Rezende (PV) e Hugo Moreno (PSTU) foram os convidados na segunda-feira, 09, das videoconferências promovidas pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), desde o fim de outubro, com os candidatos a prefeito municipal. Foi a penúltima rodada de encontros, que obedecem a igual padrão, com 30 minutos reservados à apresentação das propostas de governo e 30 minutos para debate com os empresários.
O presidente da CDL e do Sincomércio, Braulio Rezende, agradeceu aos candidatos por dedicarem tempo importante na fase decisiva da campanha eleitoral para conversar com os lojistas.
“Ficamos muito honrados em interagir com os candidatos. Estamos abrindo oportunidade aos 16, com imparcialidade, porque desse grupo um sairá vitorioso, e com ele manteremos contato pelos próximos quatro anos, em alto nível, em prol de Nova Friburgo”, destacou.
Na reunião da manhã, Cacau Rezende resumiu suas ideias fazendo ligação entre os setores da administração, que ele acha que dependem, todos, uns dos outros e de planejamento que leve em conta sustentabilidade, engenharia, urbanismo e indicadores de bem-estar social. Na opinião do candidato, desenvolvimento econômico deve abranger criatividade, tecnologia avançada, vitalidade que gere troca de negócios e afetividade entre os cidadãos; mobilidade exige urgência na busca por alternativas de transporte; ecoturismo significa explorar o patrimônio natural, matéria-prima de Nova Friburgo; saneamento demanda estudo, entre vários itens, de modalidades de drenagem adequadas a locais com índice pluviométrico elevado, sujeitos a alagamentos; iluminação pública inclui fiação subterrânea e resulta na diversidade de uso das áreas, possibilitando que atividades aconteçam em horários ampliados, como funcionamento do comércio à noite. Para o meio ambiente, ele pensa em teto verde, armazenamento e reutilização de água pluvial, coleta absoluta, e em mudar radicalmente a política adotada até agora, que, conforme assegurou, matou o Rio Bengalas e está acabando com as bacias do Rio Grande e de Macaé de Cima. Na cultura e no lazer, vislumbra o resgate das tradições da cidade, além da valorização dos artistas de rua.
Nos segmentos de saúde e educação, o candidato acredita que já existem leis básicas a seguir, que entretanto necessitam de aprimoramento. Como, por exemplo, os planos educacionais nacional e municipal e a cartilha do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase no atendimento primário, na prática dos agentes comunitários e no programa do médico de família. Cacau Rezende afirmou que seus principais objetivos são planejar a cidade como nunca feito antes e extinguir a personificação na Prefeitura. Ele fala em criar espaço público em que o “eu” fique de fora e os atores da sociedade ajam em conjunto, como transformadores da realidade.
“Não serei salvador da pátria, mas quero inserir Nova Friburgo nos instrumentos de participação. Não apenas chamar as pessoas para dizerem o que desejam, e sim para virarem protagonistas do processo de construção de uma cidade”, acentuou.
À tarde, Hugo Moreno discorreu sobre a história de Nova Friburgo, a profunda crise econômica e política dos anos 1990, a catástrofe climática e a atual conjuntura agravada pela pandemia para defender um governo que faça a conexão do crescimento econômico com o desenvolvimento social e combata com firmeza desemprego em massa, fechamento de empresas, proliferação de comunidades carentes, falta de infraestrutura, de moradias, dificuldades na mobilidade. Ele concebe um programa imediato e um de longo prazo, relacionados à organização da cidade, para garantir que o município volte a ser o que foi anos atrás. Assume compromisso de lutar para instalar aqui uma universidade pública e autônoma, aproveitando a vocação de Nova Friburgo como polo regional de ensino superior; lançar concurso público para contratação de trabalhadores permanentes para tarefas essenciais, como capina, varrição e manutenção das vias, reduzindo o número de comissionados e assessores; investir em turismo sustentável e profissional e na guarda turística; ouvir a coletividade, para evitar que pequenos problemas se tornem insolúveis; erradicar o analfabetismo; instituir educação ambiental, para alcançar “uma cidade cuidada, amada, protegida”.
Paralelamente, ele pretende implementar cronograma de obras com frentes de trabalho próprias, sem terceirização e intervenção de empreiteiras, com intuito de resguardar o dinheiro público, e atuar para tirar o município da posição de pedinte, subalterno, à mercê de verbas estaduais e federais.
“Nova Friburgo precisa superar a crise, se reconciliar com seu passado e seu povo trabalhador. Temos agricultura, comércio, indústria, serviços, condições para dar um salto na economia com as forças produtivas, aumentar a renda per capita e chegar a um desenvolvimento econômico equilibrado, com justiça social”, concluiu Hugo Moreno.