O mercado de trabalho está cada vez mais exigente, e a maioria dos profissionais percebe que o diploma, por si só, não garante uma boa colocação. Com mudanças tecnológicas aceleradas e um ambiente corporativo mais dinâmico, as empresas buscam profissionais que, além de conhecimento técnico, tenham experiência prática, pensamento crítico e capacidade de inovação.

O número de jovens empreendedores no Brasil cresceu 25% nos últimos 12 anos e alcançou 4,9 milhões de pessoas entre 18 e 29 anos, segundo dados do Sebrae. Embora cada vez mais jovens criem seus próprios negócios, a maioria ainda atua na informalidade e sem apoio técnico. Mas como desenvolver essas habilidades ainda na faculdade? No Brasil, uma das principais formas de ganhar experiência real dentro da graduação é participar de uma empresa júnior. Melhor ainda, se a sua universidade não tiver uma EJ, é possível criar uma do zero.

O que são empresas juniores e como funcionam?

As empresas juniores (EJs) são organizações sem fins lucrativos geridas por estudantes universitários que prestam serviços de consultoria e desenvolvimento de projetos para clientes reais. Elas oferecem preços acessíveis ao mercado, ao mesmo tempo em que proporcionam aos alunos aprendizado prático e experiência de gestão empresarial.

Atualmente, o Brasil possui 1.449 empresas juniores, presentes em 270 instituições de ensino superior. O setor faturou mais de R$ 88 milhões em 2024, valor totalmente reinvestido na capacitação dos estudantes.

Por que criar uma empresa júnior?

Participar de uma EJ traz inúmeras experiências, como:

Experiência prática antes de se formar, trabalhando diretamente com clientes e projetos reais.

Desenvolvimento de habilidades essenciais, como liderança, trabalho em equipe e inovação.

Contato com grandes empresas e profissionais do setor, ampliando o networking.

Preparação para o mercado de trabalho, combinando aprendizado técnico e habilidades interpessoais.

Você é universitário e quer criar uma empresa júnior? Veja o passo a passo

Se sua instituição de ensino ainda não tem uma empresa júnior e você quer trazer essa oportunidade para o seu curso, o processo de criação é viável e conta com suporte do Movimento Empresa Júnior. Veja como começar:

1 – Descubra se sua universidade tem alguma resolução que fala sobre a criação de uma EJ. Consulte a coordenação do curso e a reitoria para entender quais são os processos internos e regulamentos acadêmicos, mesmo que seja a primeira EJ da instituição

2 – Mobilize estudantes interessados. Reúna colegas de curso que também queiram participar e formar a equipe inicial. Empresas juniores funcionam com estrutura organizacional, então definir os primeiros cargos pode ser um diferencial.

3 – Encontre professores e profissionais para apoiar a iniciativa. Ter mentores acadêmicos e apoio de docentes ajuda no desenvolvimento da empresa e na validação de processos. Lembrando que ter um professor responsável é obrigatório!

4 – Estruture um plano de negócios e defina os serviços. Quais serviços a empresa júnior oferecerá? Como será o modelo de trabalho? Quais são os diferenciais? Quais cursos serão contemplados? Essas perguntas devem ser respondidas antes do registro oficial.

5 – Formalize a empresa e busque apoio do MEJ. O Movimento Empresa Júnior tem instâncias  regionais que oferecem suporte para a criação de novas EJs. Buscar esse apoio pode acelerar o processo e fortalecer a estrutura da empresa.

6 – Conquiste os primeiros clientes. A EJ pode começar oferecendo serviços para pequenos negócios locais ou até mesmo dentro da própria universidade. O importante é ganhar experiência e construir credibilidade no mercado. Mais informações estão disponíveis em brasiljunior.org.br.

Quem é a Brasil Júnior?

A Brasil Júnior é a entidade responsável por coordenar o Movimento Empresa Júnior (MEJ) no Brasil. Como organização sem fins lucrativos, tem a missão de formar líderes empreendedores e conectar estudantes universitários a desafios reais do mercado. Atualmente, o MEJ conta com 25 mil jovens, reúne 1.449 empresas juniores e está presente em 270 instituições de Ensino Superior. Em 2024, o movimento faturou mais de R$ 88 milhões, valor 100% reinvestido na capacitação dos membros.

Quem é o Presidente Executivo da Brasil Júnior?

Caio Leal é mineiro e estudante de Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB). Ingressou no Movimento Empresa Júnior (MEJ) em 2020 e ocupou diferentes cargos de liderança. Já foi Presidente Organizacional da Strategos Consultoria Política Jr., Diretor de Relacionamento da Federação de Empresas Juniores do Distrito Federal (CONCENTRO-DF) e Líder de Relações Institucionais e Governamentais da Brasil Júnior. Agora, à frente da Brasil Júnior, busca fortalecer o impacto do MEJ no Brasil, aproximar jovens empreendedores do mercado e ampliar as oportunidades dentro das universidades.