Por Lina Nakata

Na renovação de ciclo do calendário, é comum buscarmos algo diferente. Então, que tal trabalhar a sua marca pessoal de maneira mais intencional, gerando uma imagem profissional de impacto? Assim como as empresas trabalham suas valiosas marcas, as pessoas também precisam desenvolver o seu marketing. Esse marketing vem acompanhado do autoconhecimento: quem você foi ontem + é hoje + quem quer se orgulhar.

Por um lado, temos medo de crescer, pois crescer dá trabalho e exige coragem. Principalmente as mulheres, elas se culpam, se colocam em segundo plano, comparam com outros, são mais críticas, nem sempre se apoiam, e muitas vezes atribuem o sucesso a terceiros. Por outro lado, é necessário pensar que nossa marca pode ser trabalhada, posicionada e gerar muito valor!

Quais são as dificuldades nesse processo?

Reconhecer os nossos diferenciais

Saber contar a nossa história

Fazer networking

Se vender

Mostrar os nossos resultados

Trabalhar a nossa pessoa não é uma tarefa fácil, precisamos saber mais sobre marca pessoal, personal branding e marketing pessoal. De acordo com Cinthia Almeida, especialista no tema, marca pessoal é a reputação que cada um possui, aquilo que cada indivíduo construiu ao longo do tempo e consegue transmitir para os outros. Por sua vez, personal branding é olhar para dentro, ou seja, entender como desenvolver e fortalecer a própria marca pessoal. E marketing pessoal é olhar para fora, buscando seu diferencial, os talentos, as paixões, as habilidades, um pitch ou um storytelling, à medida que melhoramos a comunicação e a autenticidade. A imagem representa a relação entre marca pessoal, personal branding e marketing pessoal.

E quais são os pilares da marca pessoal? Clareza, consistência e constância! A clareza serve para organizar as ideias que norteiam o posicionamento. Para isso, o autoconhecimento é fundamental – sua análise SWOT, sua jornada, seus valores e crenças, seus talentos e habilidades, sua promessa e sua diferenciação (o que lhe torna algo único?). A consistência, então, é trabalhar seu potencial, olhar sua avaliação de desempenho e ganhar encorpamento. Finalmente, a constância é estar presente na mente do seu público-alvo sempre.

Para Cinthia Almeida, todo mundo será um CNPJ no futuro! Não haverá mais crachá, temos uma marca pessoal para construir. Dessa forma, o networking passa a ser um elemento-chave nas nossas vidas.

Como você se relaciona com seus stakeholders?

Quem são seus sponsors, ou seja, as pessoas que o(a) ajudam a crescer?

O que sabe sobre eles?

Como exercício, separe 30 minutos da semana para se relacionar com alguém, sem pedir nada em troca. A ideia é aumentar sua rede. Entenda as pessoas e se interesse por elas, existe sempre um aprendizado relevante. Por exemplo, você apode aproveitar o tempo do seu almoço ou de um café para conhecer uma pessoa – e um enorme repertório – em cada um desses intervalos.

Saiba que liberar seu potencial leva tempo! Leva uma vida para construir marca pessoal, mas 5 minutos para destruí-la. Por isso, se você teve tanto esforço para ser quem é, agora é hora de explorar quem você ainda pode ser, por meio desses recursos. Mostre seus objetivos e ambições, por meio do marketing pessoal e da autopromoção.

* Lina Nakata é professora da FIA Business School