Firjan: exportações de turbinas de avião são destaque no comércio exterior do Rio
No acumulado de janeiro a abril de 2022, a corrente de comércio do estado do Rio de Janeiro teve alta de 25% (US$ 20,3 bilhões) ante o mesmo período de 2021, aponta o Boletim Rio Exporta, edição de maio, publicado pela Firjan Internacional. Assim, o estado se manteve como o segundo player na corrente brasileira, atrás apenas de São Paulo. O Brasil teve superávit de US$ 20,2 bilhões e o Rio de US$ 3,6 bilhões.
As exportações fluminenses somaram US$ 12 bilhões, alta de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior, reflexo do avanço de 19% das vendas de produtos básicos. Também é possível destacar o crescimento de 42% nas vendas de bens semimanufaturados, decorrente do incremento de 57% nos embarques das indústrias de Metalurgia (US$ 1,3 bilhão) e de 80% no setor de Produtos Alimentícios (US$ 42 milhões). Chama a atenção as vendas de partes de motores e turbinas para aviação (US$ 112 milhões), que cresceram 31% no acumulado anual.
“Com a pandemia, os voos internacionais caíram 50% ante 2019. Agora, com o sucesso da imunização e menos restrições para voos, o volume de viagens internacionais deve chegar este ano a 90% do registrado em 2019. Isso se reflete na necessidade de revisão de turbinas. Estamos vivendo uma aceleração desafiadora, 96% dos nossos clientes são dos EUA e Europa”, explica Ricardo Keiper, diretor de Supply Chain na GE Celma e também vice-presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan.
Já em relação às importações fluminenses (US$ 8,4 bilhões), houve crescimento de 28% no primeiro quadrimestre do ano. A importação de combustíveis avançou 83% no mesmo período, devido à alta nos mercados de Petróleo e Gás Natural e de Carvão Mineral. Em Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos, o crescimento foi de 68%.
“O comércio de petróleo é sempre um destaque positivo no estado. Houve crescimento de 18% das exportações da commodity, puxado pela alta do preço internacional e da instabilidade com a guerra na Ucrânia. Isso se reflete nas exportações devido ao valor em dólar. Das exportações do Rio, 74% do total são da indústria de Petróleo e Gás Natural (US$ 8,9 bi)”, ressalta Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.
O principal destino foi novamente a China, com 46% das exportações fluminenses de petróleo. Já as vendas para a Espanha subiram 117%. Com relação às importações, a Arábia Saudita (US$ 1,1 bilhão) foi o único fornecedor do produto para o estado no período e teve crescimento de 206%.
Sobre as exportações exclusive petróleo, houve crescimento de 41%, impulsionado pelo incremento de 70% nos embarques para Singapura. Tal avanço influenciou o total dos embarques para a Ásia, que subiram39%. Em paralelo, as vendas para os EUA subiram 39%, mantendo o país como principal destino dos produtos fluminenses. “Os EUA são o principal parceiro tanto nas exportações como nas importações”, diz Giorgio. Já as importações exclusive petróleo cresceram 18%, puxadas pelas compras vindas dos EUA e da China.
Dados completos em: www.firjan.com.br/rioexporta