Firjan: mercado internacional de moda íntima e fitness prevê crescer 8% e 6% ao ano até 2028
O mercado internacional de moda praia, íntima e fitness tem previsão de crescimento anual de 5%, 8,3% e 6,6%, respectivamente, até 2028. A análise foi apresentada pela Firjan Internacional aos empresários que participaram da Fevest 2022 – Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima, em Nova Friburgo, no início do mês.
De acordo com o levantamento, a moda fitness movimentou em todo o mundo US$ 288 bilhões em 2020. Já a moda íntima, girou US$ 43,2 bilhões no mesmo ano; e a moda praia, US$ 19,5 bilhões no período. A China é o principal mercado exportador desses produtos, enquanto os Estados Unidos lideram como país importador.
Coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Luigi Rossi destaca que tanto o Brasil quanto o Rio de Janeiro e, em especial, o polo produtor de moda íntima e fitness de Friburgo e região, têm plenas condições de aproveitar as oportunidades de negócios neste mercado mundo afora. Segundo ele, os empresários do município e a região possuem os produtos e a expertise do setor, que pode ser explorada no exterior.
A Firjan mantém diálogo permanente com o empresário que deseja dar o primeiro passo para a abertura de novos mercados; presta assessoria com informações qualificadas, mostrando os possíveis caminhos para o comércio exterior. “Não existe uma receita de bolo única. As operações podem começar pequenas, via e-commerce ou até mesmo via Correios. O importante é o empresário acreditar no seu produto, sua qualidade e estruturar a empresa para o comércio exterior. Hoje, a moda brasileira está no coletivo imaginário mundial e esse pode ser o diferencial do produto nacional”, explica o coordenador.
Experiência internacional
Cláudio Marques, da CCM Moda Fitness, possui larga experiência internacional, vendendo principalmente para mercado norte-americano. Segundo ele, o retorno presencial da Fevest, após 2 anos de pandemia, foi fundamental tanto para o público consumidor, que estava carente de frequentar as grandes feiras, quanto para o empresário, que precisa se recuperar dos prejuízos provocados pela crise da Covid-19 no país e no mundo.
O empresário contou que, com a pandemia, teve que se adaptar para manter as vendas, investindo cada vez mais no e-commerce, onde obteve um crescimento de 30% nas vendas. Segundo ele, a moda fitness cresce cada vez mais no mundo e o desafio agora é transformar Friburgo em “marca de origem”, dando maior valor agregado ao produto fabricado na região.
Já o gerente-geral da Dona Carioca, Marcos Schumacker, afirmou que, apesar de a marca estar apenas há 7 anos no mercado, a empresa já exporta de 5% a 7% para os Estados Unidos, graças à experiência e tenacidade dos proprietários. Ele destacou a importância de usar os canais adequados, as plataformas globais e a resiliência de observar atentamente ao mercado.