Um levantamento inédito da Rhema Neuroeducação, instituição que já formou mais de 90 mil docentes em cursos de pós-graduação e capacitação, aponta que 2025 é um ano decisivo para redefinir as competências exigidas dos professores brasileiros. A pesquisa, realizada com base em dados coletados entre 2023 e 2024, revela que 78% dos educadores sentem-se despreparados para lidar com as demandas da neurodiversidade e das novas metodologias ativas de ensino, temas que lideram a lista das necessidades formativas deste ano.

A Rhema Neuroeducação, fundada em 2009 e presente em mais de 20 países, identifica que a formação contínua precisa ser cada vez mais prática e personalizada, voltada à resolução de desafios reais de sala de aula. “Os professores não precisam apenas de teoria, mas de estratégias que façam diferença no cotidiano. É esse o tipo de formação que transforma a prática pedagógica”, afirma Mara Duarte da Costa, neuropedagoga e diretora pedagógica da Rhema Neuroeducação.

Segundo Mara, a defasagem entre a formação inicial e as necessidades atuais da escola brasileira é um dos fatores que mais impactam o desempenho estudantil. “O professor de 2025 precisa dominar temas como neuroeducação, inclusão, gestão socioemocional e tecnologia aplicada ao aprendizado. Isso exige formações que unam teoria, prática e acompanhamento contínuo”, observa.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) indicam que o Brasil possui cerca de 2,3 milhões de docentes na educação básica, dos quais mais da metade atua sem acesso regular a programas de formação continuada. O cenário preocupa especialistas e reforça a necessidade de políticas e programas permanentes de capacitação, sobretudo em escolas públicas.

Para a Rhema Neuroeducação, que vem liderando projetos de formação em neuroeducação e inclusão em todo o Brasil, a atualização pedagógica passa por um novo paradigma: o aprendizado pela prática. A instituição defende que o desenvolvimento docente deve ocorrer em contextos reais, com análise de casos, acompanhamento técnico e estratégias de neuroaprendizagem. “O foco não é apenas capacitar, mas mudar o olhar do educador para que ele compreenda o funcionamento do cérebro e use isso a favor da aprendizagem”, pontua Mara.

Entre as principais tendências apontadas estão o fortalecimento da educação emocional, o uso da neuroplasticidade no desenvolvimento de novas metodologias e a necessidade de formação docente para lidar com alunos neurodivergentes. Embora dados oficiais apontam prevalências específicas para TDAH (3-5%) e TEA (2,6% no pico escolar, segundo o IBGE ), um estudo da Equidade.info (Universidade de Stanford) revela uma subnotificação sistêmica, indicando que o número de alunos com algum tipo de deficiência ou transtorno de aprendizagem (uma categoria ampla) chega a 12,8% o que valida a urgência dessa formação.

“O futuro da educação depende do preparo emocional e cognitivo do professor. A sala de aula precisa de profissionais que compreendam o comportamento, saibam identificar dificuldades e tenham repertório para agir de forma estratégica. Isso não se aprende apenas com leitura, é na prática que o professor se torna protagonista do aprendizado”, conclui Mara Duarte.

A Rhema Neuroeducação, reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), segue ampliando seu portfólio de cursos e metodologias baseadas em neurociência aplicada à educação, com o objetivo de formar profissionais mais preparados para os desafios pedagógicos do século 21.