CEO Fábio Alonso

O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A intenção é colocar esse assunto em pauta e mobilizar diversos setores como o poder público e a sociedade civil para efetivamente discutir esse tema.

Uma das grandes causas de acidentes é o uso de drogas combinado à direção. “Por isso, iniciativas como a obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas das categorias C, D e E também são importantes para o aumento da segurança do trânsito e redução do número de acidentes”, explica o farmacêutico Fábio Alonso, CEO do Laboratório Contraprova, localizado em Niterói.

A toxicologia, análise que identifica a presença de substâncias psicoativas, as drogas, no organismo, atende a muitos nichos específicos: motoristas das categorias C, D e E (caminhões, ônibus, vans) precisam fazer o exame a cada dois anos e meio. Empresas que contratam motoristas precisam fazer o exame na admissão, no periódico e na demissão. Concursos públicos, nas áreas policial e militar, clínicas de reabilitação (para acompanhamento de abstinência) e também empresas diversas que implementam programas de prevenção ao uso de drogas.

São muitas as demandas, mas uma em especial aumentou no último ano: com a aprovação do novo Código Brasileiro de Trânsito, em maio de 2021, foi definido um prazo para os motoristas de categoria C, D e E atualizarem o exame toxicológico.

Estima-se que cerca de 3 milhões de motoristas estejam em situação irregular. “O motorista terá uma multa, de R$1.467,35, além de ter o direito de dirigir suspenso por três meses. Um problema, já que o trabalhador depende da direção para sustentar sua família. É uma obrigação individual do motorista, que, na hora de renovar a carteira, se não estiver em dia com o exame toxicológico, receberá a multa e ficará três meses impedido de dirigir”, alerta Fábio Alonso.