O beijo de ouro
Por Igor Arraes
No dia 6 de fevereiro de 1918, morria um dos grandes nomes da Art Nouveau – o artista austríaco Gustav Klimt.
Klimt foi o 1º presidente do grupo da Secessão de Viena, formado por artistas que romperam com os padrões artísticos tradicionais da época, indo oposto do realismo, naturalismo e ao positivismo, sendo movido pelos ideais românticos.
Ele fez parte do movimento artístico denominado ‘Secessionista’ e é considerado um pintor precursor do Simbolismo.
Suas obras têm inspiração nos mosaicos bizantinos e a composição de pequenos elementos se tornou sua marca registrada.
Entre 1907 e 1908, Klimt pintou sua obra mais icônica. Ele a nomeou originalmente como “Casal de Namorados”, mas, com o tempo, ela passou a ser chamada de “O Beijo” (original, em alemão: ‘Der Kuss’)
A obra faz parte da chamada “fase dourada” na produção artística do pintor, quando ele abusa de elementos cintilantes que remetem a pedras preciosas e inclusive de folhas de ouro em suas composições.
Na obra, o casal (que seria o próprio artista e sua esposa) é retratado em posição entrelaçada, sugerindo carinho e aconchego.
Entretanto, há quem veja com outros olhos: Uma vez que o homem se curva sobre a amada (sendo a figura ativa desse abraço), e a mulher permanece ajoelhada, seria um sinal de submissão feminina.
A obra original está em Viena, no Palácio Belvedere – local que abriga a maior coleção do mundo com obras do artista.
O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.