Orelhões completam 50 anos
Você se lembra dos orelhões? Nas grandes cidades, eram muitos. No interior, a instalação desse equipamento telefônico era um evento capaz de aglomerar pessoas. Foi nos orelhões que praticamos a tolerância da espera. A paciência com as fichas e, depois, os cartões.
Pois bem, os orelhões estão completando 50 anos, e vendo seu desaparecimento das ruas, o artista e fotógrafo austríaco, vivendo no Brasil, Martin Ogolter fez intervenção artística nos orelhões de Copacabana, cobrindo-os com lycra e fita metalizada, lembrando o movimento artístico “colorfield painting”, surgido na década de 1950, em Nova York.
“Os orelhões são um perfeito exemplo de design moderno e foram extremamente úteis, mas hoje são quase somente esculturas na paisagem da cidade. Restam poucos pelas ruas e quis transformá-los em obras de arte, um colorfield painting tridimensional”, diz o artista.
O registro das intervenções artísticas está no livro “12 conversas e uma festa”, a ser lançado neste quinta-feira, 14, às 19h, no Alalaô Kiosk, no Arpoador – Rio.