Renato Almeida é Chef de Cozinha Executivo, formado pela Escola Superior de Gastronomia da Universidade Cândido Mendes. Especialista em carnes e grelhados, presta consultoria na área de gastronomia, é colunista do programa David dá Show e como Personal Chef, realiza eventos para grupos fechados, sendo também empresário e dono da marca Renato Almeida Gastronomia.

1 – Como foi sua caminhada até aqui e como a gastronomia aconteceu na sua vida?

Comecei minha trajetória profissional como bancário, no já extinto Banco Real, passei pelas empresas Tim, Claro e Vivo operando no segmento corporativo no Rio de Janeiro, Nova Friburgo e região. Também tive passagens pelo mercado de confecções e, há dez anos, trabalho com administração de condomínios na Predial Primus. Faz mais de 25 anos que comecei a gostar da cozinha, fazia jantares e churrascos em reuniões na casa de amigos. Com o passar do tempo e a popularização dos programas de gastronomia na TV, a disponibilidade de um enorme conteúdo sobre o tema na internet e abertura de escolas voltadas para o segmento, fui me interessando e procurando me aperfeiçoar mais a cada dia.

2 – Você foi o vencedor da primeira temporada do reality “Quem é o Chef”. Como foi para você essa experiência?

Primeiro eu não tinha nenhuma pretensão de me inscrever, mas alguns amigos e, em especial, meu primo Gustavo, colocaram “tanta pressão” que acabei cedendo. E foi muito gratificante, pois o programa foi realizado pela TV ZOOM em parceria com a Diário TV/Teresópolis e Rede Petrópolis de Televisão, tendo 86 inscritos de toda a região serrana. Essa primeira temporada que foi no final de 2018, não foi aberta para profissionais da área, somente puderam participar cozinheiros amadores. Porém, alguns participantes já haviam feito cursos, alguns com boas técnicas e conhecimentos e outros, que vivem pelo prazer de cozinhar. A visibilidade que o programa me deu foi muito grande, e, dentre outros prêmios, ganhei bolsa integral para estudar cozinha e confeitaria na Escola Superior de Gastronomia da UCAM, considerada uma das melhores escolas do Estado do Rio de Janeiro.

3 – O que mudou na sua vida depois disso?

Hoje tenho formação através de uma excelente escola, adquiri mais técnica e conhecimentos que me deram bagagem para começar a empreender. Faço jantares e almoços exclusivos para pequenos grupos, presto consultoria, sou colunista no programa David da Show, do comunicador David Rangel, na Rádio Sucesso FM, além disso, criei uma marca chamada “Renato Almeida Gastronomia”, que produz dadinhos de tapioca congelados, que são vendidos pelas redes sociais e no comércio. Outros projetos ainda estão por vir para o próximo ano. Divulgo tudo no meu Instagram @renatoalmeida.gastronomia e facebook Renato Dias de Almeida.

4 – A midiatização da gastronomia, principalmente na televisão, contribui para quem trabalha na área?

Considero de grande importância sim . A gastronomia é cativante, reúne pessoas e cria redes de negócios. Hoje as varandas ou áreas gourmet são uma realidade. As reuniões ou jantares de amigos em residências estão em alta, seja por questões de custo ou por segurança. Os programas ensinam, mostram novos ingredientes, combinações, cores, texturas, que muitas das vezes são desconhecidas das pessoas. Quem cozinha busca sempre algo mais, com criatividade e sabores, e, para mim, sair do tradicional “feijão com arroz” é fundamental.

5 – Como você vê a gastronomia em Nova Friburgo?

A gastronomia em Nova Friburgo é rica e recheada de profissionais muito bem capacitados. Temos restaurantes espetaculares, com comidas de qualidade, requintadas e cheias de sabor. Os eventos que acontecem em nossa cidade, falando daqueles que são bem trabalhados e divulgados, criam um ambiente favorável para quem está na área. Bares, restaurantes e também aqueles que possuem seus foodtrucks, têm a chance de se promover e divulgar seus produtos. Com a facilidade de formalização através do MEI, podemos ver o crescimento de pequenos negócios voltados para a área gastronômica, gerando renda e novos produtos. E o mais bacana é que vejo o comércio local comprando dos pequenos empreendedores. Penso que Nova Friburgo ainda precisa de um local estruturado que seja ponto de referência gastronômica, como acontece com o mercado municipal de São Paulo, onde encontramos de tudo, especiarias, legumes, verduras, frutas, carnes, restaurantes e bares. No mercado da Vila Amélia já podemos ver algumas mudanças neste sentido, porém ainda muito embrionário.