Sem tecnologia, Dark Kitchen vira fantasma
*Por Eduardo Ferreira
O conceito de Dark Kitchen (ou Dark Restaurant ou Ghost Kitchen) surgiu antes da pandemia de Covid-19, mas foi durante este significativo período que a modalidade teve um grande crescimento em inúmeros mercados pelo mundo, incluindo o Brasil. Um modelo de negócio inovador que nada mais é do que um restaurante que concentra suas vendas no delivery, sem lojas físicas ou espaços para atendimento ao público. Tratando apenas de uma operação, geralmente formada por uma cozinha e um estoque, cujo foco está na preparação de pratos que serão despachados e entregues ao consumidor, o que reflete tanto em um melhor controle da performance do negócio como na redução de custos operacionais.
Ou seja, um negócio promissor que veio para ficar.
De acordo com um levantamento da Statista, a projeção é que o mercado exclusivo de Dark Kitchens chegue a 71 bilhões de dólares em 2027, sendo uma tendência que terá grande projeção nos próximos anos.
Frente a este novo cenário, a tecnologia tem sido fundamental no desenvolvimento deste nicho de empresas, pois ajuda a centralizar a gestão e a escalar as operações, principalmente para grandes redes, de uma maneira natural e organizada, evitando que problemas fiscais, financeiros ou de ordem operacional impactem negativamente o negócio.
Cito o caso de grande sucesso alcançado pelo ATW Delivery Brands – maior rede de Dark Kitchens 100% delivery do mundo. A empresa surgiu em 2017 e se especializou em desenvolver marcas e processos otimizados 100% focados no delivery, que vão desde os temperos utilizados nos alimentos, passando pela montagem da cozinha e desenvolvimento da marca, até a entrega de uma solução completa, com o objetivo de formar empreendedores livres que queiram apostar no Food Service.
Um dos grandes passos para sua expansão foi investir desde cedo em automação e em uma gestão baseada em tecnologia. Além de criar uma forma eficiente de gerenciar o estoque dos franqueados, toda a integração permitiu ao ATW se transformar em um dos líderes do mercado de franquias de Dark Kitchen. Atualmente, a empresa tem mais de 315 Dark Kitchens no Brasil e no exterior (214 em funcionamento e 101 em fase de implantação). O faturamento do ATW em 2021 foi de R$ 153 milhões e a previsão de faturamento é de R$ 220 milhões para 2022.
Para esse up, o ATW contou especialmente com um ERP especializado e robusto, eficiente para nortear a empresa no encontro de um caminho para um desenvolvimento com grandes resultados. Como a empresa trabalha com marcas que funcionam em um mesmo ambiente, com o mesmo quadro de colaboradores e funcionários e, também, com a distribuição de insumos para os franqueados, o sistema precisava oferecer um controle completo do backoffice dos negócios.
Um bom ERP, portanto, se torna uma solução fundamental para a empresa, tendo em vista que é uma solução que contempla as operações comerciais, passando pela gestão de estoque e compras, faturamento, gestão financeira e contábil do negócio.
O olhar cuidadoso sobre o que o cliente precisa é reforçado pelo poder de customização que uma plataforma especifica e assertiva apresenta. Algumas demandas são muito particulares e um ERP especializado no segmento, tem a capacidade de oferecer soluções dentro dos moldes necessários para atender às rotinas de operação e ao grande volume de entregas.
Da gestão de estoque, passando pela saúde financeira ao crescimento do negócio, um ERP faz toda a diferença.
* Eduardo Ferreira é CCO da ACOM .