Acervo do ator, autor, diretor e produtor José Wilker foi doado para o Museu da Imagem e do Som
Inaugurado em 1965, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro é considerado o primeiro museu audiovisual do Brasil. São mais de 30 coleções que reúnem cerca de 330 mil itens nos mais variados suportes. São 93 mil fotografias, incluindo 1700 negativos em vidro e 26 mil estereoscópicas, de grande valor histórico, algumas raras; uma discoteca de quase 60 mil discos entre, LPs, compactos e 78 RPM.
Um dos artistas mais completos da sua geração, José Wilker terá o seu acervo imortalizado no Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro. O equipamento, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj), recebeu das filhas do ator, Mariana Vielmond e Isabel Wilker, um vasto material com mais de 17 mil itens, divididos em fitas de vídeo, CDs e DVDs, além de uma ampla biblioteca com diversos temas, em especial cinema e teatro. A coleção de Wilker, que morreu em 2014, está na sede da Lapa para preservação e salvaguarda e será exibida na exposição permanente do MIS.
Cinéfilo “de carteirinha”, Wilker nasceu em Juazeiro do Norte, Ceará, e estreou ao 13 anos na TV. Na Rede Globo desde 1971, interpretou personagens inesquecíveis em novelas como Roque Santeiro (1985) e Senhora do Destino (2004). Na telona, protagonizou clássicos como “Dona Flor e seus dois maridos”, dando vida ao finado Vadinho, e “Guerra de Canudos”, interpretando o histórico Antônio Conselheiro.
Dono de humor refinado e sarcástico, Wilker nos deixou aos 67 anos, em 2014.