No dia 20 de janeiro 1875, morria o precursor do Realismo – o não tão famoso pintor francês Jean-François Millet.

Em 1859, ele pintou ‘Angelous’, um quadro que viria a ser reproduzido por grandes nomes da arte.

A tela mostra dois camponeses rezando, agradecendo pela colheita obtida através do suor e do esforço de muitos dias.

Ele, de cabeça baixa, segurando o chapéu. Ela leva as mãos ao peito num sinal de devoção.

Segundo o site do Museu d’Orsay (onde a obra se encontra), Millet explicou que essa posição foi inspirada em sua avó, que sempre rezava quando ouvia os sinos da igreja badalando no fim do dia de trabalho.

A obra foi feita com tons escuros e recursos de sombreamento, o que tornam o momento da oração ainda mais profundo.

O nome “Angelus” foi dado em homenagem à oração que tem esse mesmo nome e que foi feita inspirada no momento em que o anjo Gabriel anuncia à virgem Maria que ela está grávida.

“Infundi, Senhor, em nossos corações a vossa graça, vo-lo suplicamos, a fim de que, conhecendo a anunciação do Anjo e a encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pelos merecimentos de sua paixão e morte cheguemos à glória da ressureição. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amém.”

Em sua carreira, Van Gogh pintou umas 30 versões de obras de seus artistas favoritos … 21 eram de Millet.

Salvador Dalí também pintou sua versão do ‘Angelous’ de Millet.

Ele afirmou que essa é a obra mais inquietante e perturbadora que ele já conheceu.

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.