Submerso, 1986. Carlos Zilio

A Galeria Raquel Arnaud em pareceria com a Galeria Cassia Bomeny participam da 14° edição da ArtRio, que acontece de 25 a 29 de setembro, na Marina da Glória, Rio de Janeiro, com o projeto ‘Muito Além do Jardim’ que reúne um conjunto de obras de Carlos Zilio e homenageia os 80 anos da carreira do artista. Com curadoria de Vanda Klabin, a mostra revela o universo plástico criado pelo artista que investiga elementos da natureza brasileira em suas produções.

Sua produção, que ganha intensidade a partir dos anos 60, foi marcada por um alto teor político durante o período de ditadura militar, para depois passar a se dedicar de forma mais leve ao livre exercício da pintura. A mostra na ArtRio traz obras produzidas entre 1979 e 2018, que passam por diferentes projetos e fases do artista, as pinturas estarão à venda no estande S4, no Pavilhão MAR.

“Na produção pictórica de Carlos Zilio, a paisagem é uma estratégia de tornar algo visível ao pensar a pintura como um espaço crítico de conhecimento, por meio de uma intensa e complexa aproximação entre a natureza e a cultura.” reflete Vanda, que acompanha o artista de perto há décadas, em seu texto curatorial.

Diante do objetivo de falar sobre o Brasil por meio de sua produção, o artista utiliza de forma livre as cores, formatos e elementos da natureza para criar uma leitura única da “brasilidade”. Suas pinturas fizeram parte de algumas das principais correntes da arte contemporânea brasileira do século 20, como a Nova Figuração Brasileira na década de 60 e a arte conceitual nos anos 70.

Sobre o artista

Formado em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Zilio estudou pintura com Iberê Camargo no Instituto de Belas Artes. Perseguido pela ditadura, mudou-se para a França na década de 1970, onde se doutorou em Artes e pôde ter contato com a produção de importantes artistas de vanguarda, como Paul Cézanne. Retornou ao Brasil na década de 1980, dando prosseguimento a suas pesquisas e participando de inúmeras mostras. Atuou também como professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A produção de Carlos Zilio passou por algumas das principais correntes da segunda metade do século 20, como a Nova Figuração Brasileira, nos anos 1960, e a arte conceitual, nos anos 1970, aliando a preocupação com a ordem e a geometria a um discurso crítico e combativo em relação à Ditadura Militar vigente naqueles anos. Na década de 1980, ao mergulhar em questionamentos sobre a arte de vanguarda e a negação da tradição preconizada por suas correntes, Zilio passa a ter a pintura como objeto principal de pesquisa.

Representado pela Galeria Raquel Arnaud desde 1997, Zilio já participou das exposições “Opinião 66” (Rio de Janeiro, 1966) e “Nova Objetividade Brasileira” (Rio de Janeiro, 1967), que se tornariam marcos da arte brasileira, além de importantes mostras coletivas, como Bienal de São Paulo (1967, 1989 e 2010); Bienal de Paris (1977); Bienal do Mercosul (2005).

Serviço:

Galeria Raquel Arnaud e Galeria Cassia Bomeny na ArtRio 2024

ArtRio – Pavilhão MAR – Estande S4

Período expositivo: 25 a 29 de setembro

Funcionamento: 14h – 21h

Local: Marina da Glória – Rio de Janeiro/RJ (Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória)

Ingressos: Ingressos entre R$ 40 e R$ 80