As Musas do Olimpo em Nova Friburgo
Quando o mês de maio se anunciava, Nova Friburgo aguardava o nome daquela que seria a representante da beleza friburguense no ano em curso. Primeiro foram as Rainhas dos Festejos de Maio (mês de aniversário da cidade), eleitas nos salões dos clubes sociais ou no auditório da Rádio Friburgo AM.
Depois os concursos de Rainha da Lavoura; Miss Nova Friburgo; as Rainhas das Musas dos Jogos Florais; Rainha dos Industriários, Bancários, Estudantes; da Feira da Bondade; Charm Girl; Garota Especial, até que o “boom” das modelos-manequins ocupou a cena deixando para trás os cetros e coroas.
Criado em 1960 por J.G. de Araújo Jorge e Luiz Otávio, num vôo em que estava o escritor Jorge Amado, os Jogos Florais de Nova Friburgo, pioneiros no resgate da trova, foram buscar no Olimpo inspiração para eleger a representante no certame a partir de 1964.
As musas da mitologia grega, filhas de Zeus e Mnemose (a Memória), protegiam as Artes, as Ciências e as Letras. Contam-se nove: Calíope (poesia heróica e oratória), Clio (história), Euterpe (música), Melpómene (tragédia), Talia (comédia), Terpsícore (dança), Erato (poesia lírica), Polímnia (elegia) e Urânia (astronomia), que eram representadas pelas candidatas.
Nos anos de 1960, 1970 e 1980, ostentar o título de Rainha das Musas dos Jogos Florais era passaporte para um carreira de sucesso nas passarelas.
Em 1966, foi a vez de Maria de Lurdes Ábido sagrar-se a Rainha das Musas, coroada durante Congresso de Vereadores que ocorreu na cidade.
Nas fotos exclusivas, cedidas pelo vereador Alexandre Cruz, destaque para a encenação do Olimpo, para a figura querida do Augusto Cláudio Ferreira, o mais nobre mestre de cerimônias que já passou por estas serras e os salões do Clube de Xadrez ( Xadrezinho) e SEF – Sociedade Esportiva Friburguense.