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Por Paulo Haridas

O ser humano não está sozinho na construção e vivência do chamado “novo normal”.   A pandemia atingiu, e ainda atinge, a natureza como um todo.  Assim sendo, nossos(as) filhos(as) de quatro patas também estão no mesmo barco.  Como nossos pets sentiram e sentem os efeitos negativos da pandemia? O que os médicos veterinários falam sobre isso?

A coordenadora da pós-graduação em Nefrologia e Urologia da Universidade Positivo (Curso de Medicina Veterinária), Patricia Mosko, constata que os pets podem desenvolver problemas psicossomáticos, ou seja, o que é absorvido do ambiente tem impacto na saúde deles. A professora explica: “Os principais fatores que podem causar a mudança de comportamento do pet e o desenvolvimento das enfermidades psicossomáticas são a ansiedade e a preocupação dos tutores, pois isso é percebido pelos animais e tem impacto sobre o funcionamento do corpo deles. Além disso, também há uma diminuição da qualidade do tempo de contato – porque, quando estamos juntos deles o tempo inteiro, deixamos de dedicar 100% da atenção e, com isso, de estabelecer uma boa conexão”.

O professor Frederico Fontanelli Vaz, coordenador do Curso de Medicina Veterinária de Anhanguera, divide a pandemia em dois momentos.  No primeiro momento, os tutores ficaram mais tempo em casa e a presença o dia inteiro com o pet, pode ter sido motivo de estresse. No segundo momento, a retomada das atividades profissionais dos tutores e, consequentemente, a ausência dos mesmos, podem ter contribuído para o desenvolvimento da síndrome de ansiedade por separação. Diante deste quadro, as terapias complementares podem ajudar?

O fundamento das terapias complementares ou alternativas, consiste em restabelecer a harmonia natural do organismo, dentro de um contexto holístico.  Porém, é importantíssimo destacar:  somente o médico veterinário pode indicar, aplicar qualquer medicamento, tratamento ou terapias complementares para os nossos pets.

O médico veterinário dos meus pets (Gaia e Fred), um lindo pitbull branco e meu gato zen, orientou-me a observar alguns sinais comportamentais que podem indicar a presença do estresse e da ansiedade: morder o rabo e/ou a pata e uma lambedura fora do comum. As lambidas podem ser um simples hábito do seu pet, mas também podem indicar que há algo errado com ele. Por isso, a importância de um profissional qualificado na vida dos nossos animaizinhos.

Além das brincadeiras (incluindo o enriquecimento ambiental) e da boa alimentação, as terapias complementares amenizam as dores, fortalecem o sistema imunológico, ou seja, proporcionam uma vida mais saudável e alegre.

As terapias mais procuradas são: a acupuntura, a homeopatia e os florais. Além destas, destaco o Reiki (e outras técnicas de imposição de mãos) e a cromoterapia. O objetivo do Reiki é promover a canalização da energia vital, através da imposição de mãos.  A cromoterapia é o tratamento que, por intermédio das cores, estabelece a harmonia entre corpo, mente e emoções. Diante do exposto, as terapias integrativas são importantes por diversos motivos e podem ser ótimas aliadas, tanto para os tutores quanto para os estimados (as) profissionais da área veterinária.

Paulo Haridas é Profissional de Educação Física, Massoterapeuta Oriental e Teólogo Contatos @pauloharidas pauloserafim@gmail.com  ou (22) 999432441