A empresária Luiza Trajano do Magazine Luiza. / Divulgação

O Grupo Mulheres do Brasil, por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, convoca toda a sociedade a se unir por uma causa que impacta toda sociedade: o fim da violência contra mulheres e meninas. No domingo, dia 5 de dezembro, a partir das 9h, o grupo irá realizar a “4ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. O objetivo é reunir milhares de pessoas vestidas de laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Haverá caminhadas em 40 cidades do Brasil e do exterior No Rio, o ato sairá do Aterro do Flamengo, em frente ao número 200.

Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices inaceitáveis da violência contra as mulheres. “Durante a pandemia, a violência contra as mulheres cresceu 20% nas cidades brasileiras, não podemos assistir a isso passivamente. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de toda a sociedade por uma causa global”, pontua a executiva.

As estatísticas da violência contra as mulheres são alarmantes. Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência ao longo da vida, apenas por causa de seu gênero. A violência de gênero é considerada pela organização uma pandemia global.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o início da pandemia trouxe uma situação dramática para as mulheres que ficaram confinadas em casa com seus agressores: os números de denúncias diminuíram. Dados do órgão revelam que em 2020 foram registrados 1350 feminicídios no Brasil, um caso a cada seis horas e meia. Segundo o Ministério da Família, houve um crescimento de 6% para os casos de feminicídios, e de 34% para denúncias do canal 180, neste último ano, comparado com o mesmo período do ano passado.