Mário Massena Foto: Divulgação

A exposição virtual “Cartas para Gaya”, de Mário Massena, é mais um presente que a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho oferece aos amantes das artes, em comemoração aos 20 anos da Usina Cultural Energisa em Nova Friburgo. Em uma galeria virtual, 20 quadros poderão ser vistos de 1º de novembro a 31de dezembro deste ano acessando o site https://www.fundacaoormeo.org.br .

Mário Massena é friburguense (1958). Historiador graduado pela UniRio, conservador e restaurador de bens culturais, formado pela Fundação de Arte de Ouro Preto, tem especializações em Arte Moderna e Contemporânea  junto à Fundação Eva Klabin no Rio de Janeiro. Realizou mais de 40 exposições entre coletivas e individuais, destacando-se as premiações no Salão de Arte Moderna da Bahia em Salvador (1995), no Salão Nello Nuno em Belo Horizonte (1996), Salão Carioca de Desenho (1999), Salão de Arte da Fundação Mokti Okada, São Paulo (2002).  Desenvolve atividades como Arte educador em programas e projetos institucionais há 25 anos, colaborando na formação de inúmeros artistas. Vive e trabalha em São Pedro da Serra, distrito rural e turístico de Nova Friburgo, cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Cartas para Gaya

Diversificando sua produção entre esculturas, pinturas, desenhos e objetos, Mario Massena persiste no exercício de uma poética de fragmentos e vestígios, em que o processo de criação implica muitas vezes em coletar e guardar fragmentos nos quais o artista reconhece possibilidades expressivas ou no vislumbre das potencialidades que as relações desses elementos fragmentários possam produzir na criação de significados.

“Em “Cartas para Gaya”, colagens , desenhos e pinturas se mixam  em técnica mista sobre papel, orientados para a multiplicidade de figuras e suas intensas articulações, pedindo ao nosso olhar que faça um passeio pelo entrelaçamento dos elementos visuais, que se confrontam mas que também se complementam. Nesse campo de tensão entre racionalidade e sensibilidade, essas epístolas ou territórios cartográficos que o artista configura, revelam o esforço para construir uma narrativa que faça algum sentido, seja pela ótica do mito, da cultura popular ou do cientificismo. Para o artista sua atual produção é uma tentativa de levar a sério os discursos correntes sobre o “fim do mundo”, tomando-os como experiências de pensamento estético, nessa aventura antropológica global para o declínio, isto é, como um exercício de invenção poética não necessariamente deliberada, de uma mitologia adequada ao presente”, escreveu Rogério Spanzelli (Rio, 2021).