Na quarta-feira, participaram Arthur Mattar e Dr. Luis Fernando

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) realizaram na quarta-feira, 28, nova rodada de videoconferências com candidatos a prefeito, com as presenças, em separado, de Dr. Luis Fernando (Pros) e Arthur Mattar (Avante). Os encontros obedeceram ao mesmo modelo desenhado para os 16 candidatos: 30 minutos iniciais destinados à apresentação dos programas de governo e 30 minutos para conversa com os empresários.

Braulio Rezende, presidente da CDL e do Sincomércio, ressaltou que as entidades estão sempre abertas ao diálogo, independentemente de quem ocupe a cadeira número um da Prefeitura.

“Nós nos colocamos à disposição do governo municipal, seja qual for o partido ou o político que vença as eleições, porque nosso objetivo é o bem da cidade, acima de tudo”, observou.

Dr. Luis Fernando discorreu sobre a saúde, setor que pretende reformular com ampliação de postos para atendimento básico, contratação de pessoal, dotação de materiais e estrutura. Sustentou que não desistirá da luta pelo Hospital do Câncer. O candidato prometeu corrigir, principalmente na saúde e na educação, distorções salariais que considera absurdas e causa da desmotivação dos servidores. Na rede de ensino, almeja a volta do uniforme escolar. Vislumbra mais creches e cursos profissionalizantes que preparem os alunos para o mercado de trabalho.

Pensa em reforma administrativa, para dar clareza às licitações e andamento rápido aos processos, e em intervenção firme na mobilidade urbana, que englobará transporte público de qualidade e estacionamento rotativo no Centro. Tem intenção de oferecer treinamento e aparelhamento à guarda municipal e designá-la a atuar juntamente com a Polícia Militar e a Secretaria de Assistência Social no enfrentamento ao problema dos moradores de rua. Reserva ainda para a guarda a missão de ajudar os fiscais do departamento de Posturas no combate ao comércio ambulante e a outras infrações. Dr. Luis Fernando acha que o turismo precisa vender imagem positiva de Nova Friburgo, com instalação de pórtico na entrada da cidade, sinalização adequada, valorização das belezas naturais, de trilhas ecológicas e de produtos típicos como artigos do polo de moda íntima, flores, cervejas artesanais, morango.     

“Vamos atacar entraves que dificultam a geração de empregos e penalizam os empresários, arrecadar de maneira sábia, para não sobrecarregar os negócios, a construção civil e a população. Não existe saída para Nova Friburgo se não protegermos nossa economia”, acrescentou.      

Arthur Mattar também deseja priorizar a saúde, baseando sua gestão em três pilares: estímulo à atenção primária, com funcionamento dos postos durante as 24 horas do dia, de modo a diminuir a demanda no Hospital Raul Sertã; informatização da rede e implantação do prontuário eletrônico, inclusive para cobrar do Ministério da Saúde repasse referente ao tratamento de pacientes de outros municípios; e criação de plano de cargos e salários. De imediato, assegura que fará convênio com hospitais particulares para zerar a fila de cirurgias e irá recompor a Fundação Municipal de Saúde. Na educação, agrupará servidores, celetistas e concursados numa única categoria e sonha com escolas em horário integral e internet chegando a todas as unidades de ensino. Disse que enxugará a máquina administrativa, com corte de 17 secretarias (de 29 para 12) e de três mil comissionados. Nos primeiros cem dias de governo, garante que auditará diversas áreas e constituirá agência fiscalizadora para os serviços concedidos.

O candidato acentuou que fortalecerá o Código de Posturas e lançará olhar especial sobre manutenção e limpeza de ruas, iluminação pública, coleta de lixo, saneamento, preservação de prédios históricos, vigilância e segurança, para melhorar o ambiente urbano. Acredita que será necessário estudo técnico para cuidar da mobilidade urbana e potencializar o transporte público. Para o turismo, projeta agência mista que opere como fundação e desenvolva calendário anual de eventos. Na opinião de Arthur Mattar, o governo deve se aproximar da classe artística e incentivar os talentos locais, pois acompanha muitos friburguenses deixando a cidade por falta de oportunidades. Igualmente, persegue a meta de reduzir a burocracia e apoiar empresas e indústrias para que gerem mais empregos e riqueza para Nova Friburgo.

“Ninguém vai resolver nossas questões em quatro anos, mas temos que começar a mudança. Não vou ser um gestor de folha de pagamento apenas. Quero a sociedade como parceira do governo. Viveremos um desafio imenso: a cidade só crescerá se todos nos unirmos para resgatar a Nova Friburgo que amamos”, completou.