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O cineasta suíço-francês Jean-Luc Godard, um dos pais da Nouvelle Vague, morreu nesta terça-feira, 13, aos 91 anos, em sua residência, na pequena cidade de Rolle, na Suíça. A informação foi confirmada pelo jornal francês Liberation, que citou um anúncio feito pela família, divulgado pelo conselheiro jurídico e fiscal dos familiares de Goddard, Patrick Jeanneret. Segundo o texto, Godard morreu de “maneira tranquila”, em casa, ao lado da esposa.

Com mais de 40 filmes em 70 anos de carreira, Goddard deixa um material repleto de obras-primas e mal-entendidos que o tornaram uma lenda durante sua vida, um marco entre gerações de cinéfilos, com clássicos como “Acossado” (1960) ou “O Desprezo” (1963).

Ele também foi responsável por documentários experimentais, curta-metragens, ensaios cinematográficos e vídeos de música. Outros filmes de sua autoria são “Viver a vida” (1962), Week-end à Francesa (1967), Carmen (1983), Eu vos saúdo, Maria (1985) e Adeus à Linguagem (2014).

Godard e o também cineasta François Truffaut lideraram a “Nouvelle Vague”, que sacudiu o mundo do cinema nos anos 1960. Em 1987, Godard recebeu um César honorário pelo conjunto de sua carreira. Em 2010, recebeu um Oscar honorário por sua obra. O Festival de Cannes também concedeu uma Palma de Ouro especial em 2018.