Pesquisa da Firjan ressalta, no entanto, que empresários avaliam o momento atual de forma negativa.

A confiança do industrial fluminense avançou em setembro e atingiu 57,7 pontos, devido à aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense, divulgado pela Firjan. A pesquisa varia de zero a cem pontos, com os resultados acima de 50 indicando melhora ou otimismo e abaixo deste valor apontando piora ou pessimismo.No indicador de condições atuais, a Firjan ressalta, no entanto, que a avaliação dos empresários foi negativa (49,9 pontos) por conta da situação econômica estadual. Já o indicador de perspectivas para os próximos meses atingiu 61,5 pontos, registrando otimismo em relação à economia brasileira, do estado e da própria empresa.

Carlos Eduardo de Lima – presidente da Firjan Centro-Norte ( Foto: Renata Mello)

Segundo o presidente da Firjan Centro-Norte, Carlos Eduardo de Lima, os empresários da região ainda mantêm o pé no freio com relação a novos investimentos, mas acredita que a aprovação das reformas, como a tributária, poderá destravar a economia.

“Empresários do interior seguem cautelosos em relação a fazer novos investimentos. Há alguns casos isolados, principalmente em relação ao comércio com a chegada no interior de grandes redes varejistas, porém o que se vê são os empresários da indústria buscando novos canais de venda, em contato direto com o consumidor final, para manter o equilíbrio das contas. A alternativa das vendas pela internet que não é novidade pela indústria têxtil da região agora também tem sido uma tábua de salvação também para o setor metalomecânico”, explica.

A pesquisa da Firjan avaliou ainda as expectativas dos empresários sobre a demanda por produtos, compra de matéria-prima, exportação e número de empregados, que ficaram positivas. A Firjan destaca que o item relativo à contratação de funcionários voltou a ficar positivo depois de seis meses, contudo, coloca que o nível ainda é tímido diante da elevada ociosidade no processo produtivo. Dessa forma, em relação a novos investimentos, os industriais seguiram pessimistas.