Manuscrito medieval ilustrando a metáfora de Bernardo de Chartres

Por Igor Arraes

No dia 5 de fevereiro de 1676, um dos maiores gênios de todos os tempos escrevia uma carta que entrou para a história.

Carta de Newton

Ao responder uma carta do também famoso cientista Robert Hooke, Isaac Newton (aquele da maçã), tentando mostrar humildade aos elogios recebidos por Hooke na carta, escreveu:

“Se vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes”.

Com essa frase, Newton quis dizer que ele só conseguiu adquirir tanto conhecimento por vários outros cientistas terem vindo antes dele. O único citado por Newton nominalmente na carta é o filósofo, físico e matemático francês René Descartes (aquele da frase “Penso, logo existo”), considerado o criador do Método Científico e do pensamento cartesiano – sistema filosófico que deu origem à Filosofia Moderna.

Certamente, essa famosa frase de Newton foi inspirada em uma metáfora em latim atribuída à Bernard de Chartres – um filósofo platônico francês do século XII.

“nanos Gigantum humeris insidentes”

Essa metáfora, de anões estarem sobre ombros de gigantes, expressa o significado de “descobrir a verdade a partir das descobertas anteriores”. Por sua vez, Newton inspirou um livro de Stephen Hawking – o mais famoso cientista de nossa época: “On the Shoulders of Giants” (2002).

Livro de Stephen Hawking 

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.