Dress Code e Comportamento em Festas Corporativas: O que o Direito Tem a Dizer?
As festas de confraternização corporativa são momentos importantes para fortalecer os laços entre colegas de trabalho e celebrar as conquistas do ano. No entanto, a linha tênue entre a descontração e o profissionalismo pode gerar dúvidas sobre o dress code e o comportamento adequado. Para desmistificar essas questões, conversamos com o advogado especialista em direito trabalhista, Tony Santtana, que nos deu dicas sobre o que o direito tem a dizer sobre o assunto.
Dress Code: Entre a Formalidade e a Descontração
“É importante lembrar que a festa de confraternização é um evento corporativo, mesmo que informal”, destaca Tony. “A empresa tem o direito de estabelecer um dress code, seja por meio de um comunicado interno ou convite formal, para garantir a harmonia e a imagem da organização.”
Em geral, o dress code varia de acordo com a cultura da empresa e o tipo de evento. Festas mais formais podem exigir trajes sociais ou de gala, enquanto eventos mais descontraídos podem permitir looks casuais, desde que respeitem o bom senso e a etiqueta.
“É fundamental que o colaborador esteja atento às orientações da empresa e, em caso de dúvida, procure esclarecer com o RH ou com seu gestor”, aconselha Tony. “A escolha inadequada do traje pode ser interpretada como falta de profissionalismo e gerar constrangimento.”
Comportamento: Limites e Responsabilidades
A descontração da festa não deve ser confundida com falta de respeito. “O comportamento dos colaboradores deve ser condizente com a imagem da empresa e com o ambiente profissional”, enfatiza Tony. “O consumo excessivo de álcool, linguagem inadequada, assédio moral ou sexual, e atitudes que possam gerar constrangimento ou ofensa aos colegas são comportamentos inadmissíveis e podem ter consequências sérias, incluindo medidas disciplinares e até mesmo demissão por justa causa.”
“A empresa tem o dever de garantir a segurança e o bem-estar de seus colaboradores durante o evento, e deve tomar medidas para prevenir e coibir comportamentos inadequados”, completa Tony. “É importante que haja um canal de comunicação aberto para que os colaboradores possam reportar qualquer situação que os deixe inseguros ou desconfortáveis.”
Em resumo, a festa de confraternização corporativa deve ser um momento de celebração e união, mas sem perder de vista o profissionalismo e o respeito mútuo. O dress code e o comportamento adequados são essenciais para garantir um ambiente harmonioso e positivo para todos.
*Tony Santtana é advogado especialista em direito trabalhista e atua há mais de 10 anos na área. Possui vasta experiência em consultoria jurídica para empresas de diversos setores e é reconhecido por sua expertise em questões relacionadas a relações de trabalho e gestão de pessoas.