Planeta Terra, Século XXI, 2020.

O ano de 2020 até hoje, 17 de Julho, ainda não teve a oportunidade de mostrar ao que veio. No dia 1º de Janeiro, tivemos um belo ano novo, uma entrada de ano maravilhosa e cheia de esperança de que esse ano seria um dos melhores, como toda festa de réveillon, pois renovamos nossas energias, esperanças e emoções.  Em fevereiro, tivemos um carnaval cheio de alegria. O Brasil inteiro festejando essa festa tão especial. Um marco acontece no carnaval carioca, quando a Unidos do Viradouro conquista sua vitória no grupo especial depois de muitos anos.

A esperança de um ano é ameaçada quando, numa quarta-feira de cinzas, 26 de fevereiro, é confirmado o primeiro caso da COVID-19 no Brasil. A partir daí, o país começou a se atentar a todos os sinais do novo vírus. Então, chega março e começa nossa quarentena e, um mês após o primeiro caso, tínhamos quase 3000 casos do novo coronavírus. O Brasil e o mundo estavam parados. Daí, começamos a nos adequar a uma nova vida. Vida de aulas online, vida de lives, vida de palestras universitárias virtuais, vida de sono desregulado, nossa vida virou de cabeça para baixo. Ao sairmos, vemos pessoas com máscaras (com várias temáticas e personalizações, porque o Brasil é criatividade e proatividade) e portando o álcool gel para todo canto e nessa nova fase, achamos indiferente quem não esteja de posse da máscara e do álcool gel.

Nossa adequação ao “novo normal” da quarentena foi produtivo e nos possibilitou conhecer as ferramentas de videoconferência para que pudéssemos nos comunicar com o mundo. Podemos tirar de conclusão que já temos mestrado, doutorado, até pós-doutorado em “Zoom”; “Teams”; “Meet”, “Skype”, entre os outros aplicativos. Sabe em que ficamos mestres e doutores também? Em observar. Sim, observar! Porque começamos a perceber as pequenas coisas que estão a nossa volta e que, agora nos faz muita falta. Estamos observando o quanto é ruim não poder abraçar alguém que amamos ou temos apreço. Estamos observando também, que o carinho, a compreensão, o amor deveriam agir acima de qualquer coisa. Ninguém está sozinho na luta neste momento. Outra coisa, dessa vez inusitada e categórica, é vermos as reprises de novelas e programas na TV e gritar do sofá: “Não pode aglomeração!”. Até se tocar que é apenas uma reprise.

No fim de Junho, através de uma ação promovida pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), eles testaram a comunidade discente e docente da dita faculdade e nesse teste, descobri que fui acometido pelo novo coronavírus e que eu já estava curado. Sintomas? Uma dor de cabeça leve achando que poderia ser por ficar muito tempo exposto à luz do computador e uma dor de garganta, que coloquei a culpa na temperatura de Friburgo. Enfim, era a COVID que resolveu dar uma visitinha básica no meu corpo. Mesmo portando o álcool, usando a máscara, não escapei.

No próximo domingo, faremos 4 meses de quarentena e a minha mensagem é a seguinte: vamos continuar nas lives sertanejas, funkeiras e rockeiras porque quando passarmos por essa pandemia, ainda terá alegria, esperança, energia positiva e tudo aquilo que desejamos lá no ano novo pulando as sete ondinhas na praia ou festejando na praça. E para você, universitário ou estudante do colegial, NÃO DESISTA! Eu sei o quanto é difícil e complexa essa vida, mas após a pandemia, vamos retornar aos nossos ambientes acadêmicos mais fortes que nunca, pois todos nós somos vencedores, sendo estudantes e/outrabalhadores. Persista, persevere!

Luiz Marcelo Iezzi Martins é friburguense, tem 18 anos, é estudante de Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. É licenciando no curso de Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).