Fabiane Pereira e Jorge Aragão./Foto: Sérgio Rodrigues

“Coisinha do pai”, “Vou festejar”, “Lucidez”. A lista de sucessos do sambista, cantor e compositor Jorge Aragão é daquelas que não pode faltar numa boa roda de samba, nem mesmo em uma conversa que resgata a história do gênero musical mais popular do país, como no papo comandado pela jornalista e apresentadora Fabiane Pereira em mais um episódio da temporada 2022 do Papo de Música, que este ano homenageia o maestro Letieres Leite.

Na entrevista, que foi ao ar no último domingo, 2 de outubro, em toda a rede de rádios Novabrasil FM e chegou ao YouTube, nesta terça-feira, 4, via canal Papo de Música , Fabi e Jorge resgatam histórias que delinearam a trajetória do sambista, desde os tempos do Cacique de Ramos e do Fundo de Quintal.

Autodidata, Jorge Aragão revela que faz samba “sentindo os acordes como se fossem de Frank Sinatra”. A harmonia elaborada em cada música, aliás, é uma das características do sambista, e é a isso que ele atribui o sucesso da música “Malandro” (na voz de Elza Soares): “É uma música singela, como muitas que gravo, mas, talvez, na época, a harmonia descendo os acordes meio tom tenha dado um toque diferente”.

Com mais de 40 anos de carreira e mais de 20 álbuns lançados, Jorge contou que a música está presente em sua vida desde a infância: “Eu me enfiava debaixo da mesa na sala, embaixo da toalha, e ficava quieto ouvindo Gonzagão”. Para ele, a definição de um grande artista se reduz a um fator: ser de verdade. “Tem que ser muito verdadeiro naquilo que faz. Talvez, o tempero de um grande artista seja a ingenuidade e a leveza em saber conduzir com as pessoas o que ele faz”, resume.

Assista ao quinto episódio do quadro Papo de Música para a Nova Brasil FM aqui: https://www.youtube.com/watch?v=g_OgQsQfDt8