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Por  Izabel  Rodrigues Espargoli

Um momento bastante esperado pelo país é o início da introdução alimentar dos bebês. Essa fase é marcada pelo momento em que a criança deixa apenas de ingerir o leite e passa a conhecer outros alimentos. Embora seja aguardada, essa nova etapa traz, para alguns, insegurança e anseios.  Com o intuito de descortinar alguns mitos e medos dos pais nesta nova etapa da vida do bebê, selecionei os 5 principais pontos a serem observados. É necessário respeito e tempo para aceitação dos alimentos ao bebê e principalmente acolher a família da parte do profissional que irá orientá-los.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatras e os consensos internacionais, a introdução alimentar deve começar aos 6 meses, pois este é o período no qual o trato digestivo da criança está amadurecido, com todas as funções orgânicas prontas para receber um alimento diferente do leite. Além da idade, é preciso observar também os sinais de prontidão. 

Os sinais de prontidão são: bebê precisa sentar e firmar o pescoço, ter interesse em levar coisas a boca dele e demonstrar interesse em querer comer o que outras pessoas estão se alimentando ao redor. 

Muitos pais me perguntam qual a quantidade ideal de ingestão alimentar?

 Eu respondo que a responsabilidade do adulto é fornecer refeições coloridas e diversificadas e seguras; e é o bebê quem vai definir o quanto irá comer. A família deve ficar atenta sobre sinais de fome e saciedade.  Além disso, não se deve forçar nem colocar distrações tipo televisão, desenho animado, e respeitar os sinais claros que o bebê dá quando está satisfeito.

Durante a introdução alimentar, a amamentação ou oferta de fórmula deve seguir respeitando a demanda do bebê. O leite materno ou fórmula não atrapalham a nova fase, sendo preciso que se dê tempo para a criança se acostumar com a nova forma de comer.

Outra dúvida bastante comum entre os pais é sobre qual fruta escolher e se existe uma mais indicada na hora de começar a apresentar os alimentos para a criança. Aconselho que as famílias escolham uma frutas gostosas, doces e suculentas para ser algo agradável e complementar dizendo que não há uma opção mais certa ou uma ordem de frutas para ser seguida. O mamão bem maduro, uma banana ou manga. Não existe fruta proibida e não existe ordem de fruta. Quanto mais gostosa, melhor.

 Os bebês nascem com o paladar mais para o doce, tendo uma preferência inata por esse sabor. Por isso, a introdução alimentar necessita ser uma grande oportunidade de fazer com que a criança sinta prazer com diferentes sabores. A melhor dica, é expor o bebê ao maior número diferente de texturas, de sensações para que ele crie um repertório na língua de diferentes sabores.

Para os pais que sofrem porque o bebê não está aceitando bem a nova alimentação, o que sempre digo é: paciência. A criança está aprendendo um novo modelo de comer, sendo necessário dar tempo para a criança criar uma boa relação com o momento da refeição.

Izabel  Rodrigues Espargoli – CRN RJ 06102029