Levantamento do Instituto Fecomércio RJ também mostra que houve uma elevação no número de trabalhadores com medo de perder o emprego

Novo levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) mostra que os fluminenses estão mais preocupados com a manutenção do emprego e menos confiantes na retomada econômica. Mesmo diante desse cenário, o Índice de Situação Presente alcançou o segundo maior valor registrado desde junho (76,6) – na sondagem anterior havia atingido 76,7. Contrabalanceando essa queda, o gasto com Bens Duráveis apresentou crescimento de 1,5 ponto e estabilizou a situação presente.

O Índice de Situação Futura registrou queda, caindo de 100,1 para 97,3, puxado principalmente pela redução da expectativa do gasto com bens duráveis. Além disso, também houve redução na confiança no emprego e na renda familiar. O Índice Geral, portanto, foi puxado por esses resultados e teve queda de 1,7 ponto em relação a novembro. A queda nos índices pode ser atribuída a um reflexo das incertezas econômicas, dos juros altos e da inflação.

Na pesquisa, houve uma elevação no número de consumidores com medo de desemprego: de 60,7% para 62,1%. O percentual dos que não têm medo de ficar desempregados caiu de 39,3% para 37,9%. Em relação aos próximos três meses, houve ampliação da desconfiança no emprego: de 56,8% para 61,6%. Em conjunto, o número de fluminenses confiantes passou de 43,2% para 38,4%.

Em relação à retomada econômica brasileira, ocorreu uma queda na confiança dos cidadãos: de 42,6% para 36,1%, redução de 6,5 pontos percentuais. Para 43,8%, a economia vai piorar e 20,1% acreditam na estabilização. Questionados sobre a expectativa da retomada econômica no estado, o índice dos pessimistas apresentou leve aumento: de 42,6% para 44%. Já o número de pessoas confiantes diminuiu de 40,1% para 36,7%.

O número de fluminenses que afirmaram ter sofrido diminuição da renda familiar caiu levemente, de 55,8% (outubro) para 56% (novembro). Houve também uma pequena redução no percentual de pessoas que afirmaram ter aumentado a renda: de 9,9% para 9,6%.

Contudo, para o próximo trimestre, a pesquisa mostra uma leve queda do pessimismo em relação ao mês anterior: a porcentagem de fluminenses que acreditam em algum tipo de redução da renda familiar no próximo trimestre passou de 31,6% para 31,2%. O número de pessoas que acreditam no aumento da renda também mostrou retração: de 24,8% para 22,6%.

A pesquisa do Instituto Fecomércio RJ contou com a participação de 523 consumidores do estado do Rio de Janeiro e teve como objetivo entender quais as expectativas dos fluminenses com relação a retomada da economia do estado do Rio e brasileira, além da percepção sobre o desemprego e renda familiar, entre outros indicadores.