Nova Friburgo perde o carisma, talento e a inteligência de IEDA LUCIMAR MASTRANGELO CORRÊA, Juíza aposentada, advogada, a primeira mulher a ocupar o cargo de Procuradora do município, professora, jornalista, dramaturga, roteirista, escritora, poeta, cronista e trovadora.

Ieda Lucimar nos deixou na madrugada deste sábado, 3 de setembro, após enfermidade.

Ainda na juventude escreveu  crônicas, sob pseudônimo, para o jornal A Voz da Serra, do jornalista  Américo Ventura, “ Primeiro a ter a coragem insana de publicar minhas histórias! “ , dizia.

Pioneira do jornalismo social no extinto O Nova Friburgo, sob o pseudônimo de Charmène, nos anos de 1970 e, mais tarde, diretora  do Diário de Nova Friburgo, Ieda  atuou diretamente na área cultural, tendo criado os festivais de arte  que impulsionaram o surgimento de grupos teatrais na cidade e foi responsável pela vinda de grandes espetáculos teatrais e musicais a Nova Friburgo.

Escritora, poetisa, cronista e trovadora, presidiu a UBT – União Brasileira dos Trovadores, Seção Nova Friburgo, e teve marcante atuação, como integrante, na realização dos Jogos Florais de Nova Friburgo, desde a sua criação.

Dramaturga, amante das artes cênicas, dedicou-se ao teatro infantil e infantojuvenil, em parceria, especialmente, com o Grupo Gama, do qual era fundadora e entusiasta, escrevendo “ Em Busca da Água Prometida” e “ Fantasia à Moda de Clara”, uma homenagem à grande dama do teatro infantil brasileiro, Maria Clara Machado.

Inquieta, criativa, apaixonada por Nova Friburgo, sua cidade natal, publicou, em 1993,“Crônica da Cidade Livre”, livro que reuniu textos de sua juventude, desde os tempos do movimento estudantil onde atuou ativamente até a universidade.

Ieda amou Nova Friburgo, sua família, seus amigos e afilhados. Amou a vida! Espalhou sementes de afeto e generosidade por onde passou. Ieda é o amor que há de ficar para sempre!