Estamos privados do convívio à mesa, por força dessa pandemia, mas não da experiência gastronômica.

Na terça-feira, na Rua Fernando Bizzotto, no coração de Nova Friburgo, reencontrei o Mesiano Bistrô. Um misto Café e Restô, que prepara delícias inimagináveis com o afeto da proprietária , a Marília, e o auxílio luxuoso do jovem chef Lucas Lengruber.

Ali, no mesmo endereço onde, por mais de três décadas, funcionou o Bar Edoardo, está este bistrô que integra o Festival  4 Estações, uma realização do Pólo Gastronômico de Nova Friburgo.

Foto: Carlos Mafort

O cardápio do Mesiano para o festival apresenta, na entrada, um Tabule de frango com crispis de couve temperada, seguido do principal: Scalope de mignon servido com Shitake acompanhado de mini risoto e pode ser complementado com a Salada Brasileirinha, com lascas de Shitake. É o máximo, não é?

Foto: Carlos Mafort

A sobremesa, para fechar o banquete, é nada menos que Rabanada de brioche da casa com raspas de limão siciliano. Escândalo!

Foto: Carlos Mafort

Um banquete que vai além da comida. Tenho lido “A História da Alimentação”, de Flandrin & Montanari, e, segundo os autores,  a função social do banquete, muito ressaltada no mundo grego e romano, girava em torno do convívio e da troca de cortesias, ocasionando um importante elemento de distinção entre o homem civilizado, o bárbaro e os animais.

Quando abrimos mão do convívio à mesa, percebemos com mais intensidade a necessidade do afeto. O Mesiano Bistrô é um lugar de afetos. Um banquete deles! Da recepção ao até breve! É tão bom que dá vontade de voltar todos os dias!