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Por Igor Arraes

No dia 04 de janeiro de 1845, morria o pintor francês Louis-Léopold Boilly.

Em 1824, ele pintou a ilustração ‘Le songe de Tartini’ (O Sonho de Tartini).

Louis-Léopold Boilly se inspirou na lenda por trás da sonata “Il trillo del diavolo” (1799), do virtuoso violinista italiano do período Barroco – Giuseppe Tartini.

A história, narrada pelo próprio Tartini em uma carta a um amigo – o astrônomo francês Jérôme Lalande – conta como, durante um sono, o diabo apareceu para o músico, oferecendo-se como seu servo em troca de sua alma.

Antes de aceitar, Tartini o desafiou a tocar uma melodia romântica no seu violino para testar suas habilidades. O diabo aceitou e tocou. Os sons que saíram do seu instrumento foram tão impressionantes que Tartini perdeu o fôlego, o que o fez despertar.

Ao acordar, Tartini pegou imediatamente seu violino, tentando reproduzir a melodia. O resultado não foi o esperado.

Ele disse que, embora essa obra fosse a melhor coisa que ele já havia composto na sua vida, era medíocre em comparação ao que tinha presenciado durante o sono.

“ … uma sonata tão bonita e maravilhosa, tocada com tanta arte e inteligência, como ele jamais havia concebido, nem sequer nos seus voos de fantasia mais ousados”.

Confira, de Giuseppe Tartini: Devil’s Trill Sonata – Ray Chen and Amsterdam Sinfonietta

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.