Baruch de Espinosa / Reprodução

Por Igor Arraes

Quando perguntaram a Albert Einstein se ele acreditava em Deus, ele respondeu:

“ – Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe. Não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”

No dia 21 de fevereiro de 1677, morria um dos primeiros pensadores do Iluminismo e um dos primeiros críticos da Bíblia moderna – o grande filósofo racionalista Baruch de Espinosa.

Spinoza estudou profundamente o Talmude e a Bíblia, aprendeu hebraico, latim e grego. Leu Descartes, Platão, Aristóteles, Epicuro, Cícero, Sêneca, e outros filósofos. Por isso, ele tem propriedade para falar sobre o assunto.

Para ele, é absurda a ideia de um Deus antropomórfico (com aparência humana), separado do mundo real, agindo como um ditador. De acordo com sua famosa frase “Deus sive Natura”, Spinoza vê Deus e Natureza sendo a mesma coisa.

Veja a incoerência apontada por Spinoza:

As pessoas acham que Deus está inativo desde que a natureza aja em sua ordem costumeira; e acham que a natureza fica inativa quando Deus age.

Assim, as pessoas imaginam dois poderes distintos um do outro: o poder de Deus e o poder da natureza. Não faz sentido, né!?

No seu livro “Livro I da Ética e no Tratado sobre a Religião e o Estado”, o filósofo rejeita a concepção de um Deus como uma espécie de entidade oculta e transcendente, que age conforme os seus desígnios e a sua vontade suprema.

Assim como eu, Spinoza não aceita a ideia de um Deus autocrático, que controla tudo e todos, e que se refugia em algum ponto distante da abóbada celeste.

E você?

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.