Por Igor Arraes

Para o túmulo, o homem nascido polaco, radicado em França, não levaria o seu coração. Esse, tornado símbolo patriótico dos polacos, atravessaria fronteiras e “combateria” em duas guerras mundiais

No dia 17 de outubro de 1849, morria, em Paris, um dos pianistas mais importantes da história – Frédéric Chopin.

Mas seu enterro só ocorreu 2 semanas depois. Ele havia solicitado que em seu funeral (na Igreja da Madeleine) fosse cantado o Requiem de Mozart. Como a Igreja não permitia cantoras para o Requiem, seu corpo teve que esperar duas semanas até que a Igreja se arrependesse e autorizasse.

Ele também pediu que seu coração fosse removido e levado em uma urna para Varsóvia – Polônia.

Após ser retirado do corpo, seu coração foi embebido em conhaque para permanecer conservado. Hoje, se encontra na Kościół świętokrzyski (Igreja de Santa Cruz) em Varsóvia. No local, o arquiteto Leonard Marconi, talhou palavras vertidas do Evangelho de Mateus que serviram de epitáfio ao órgão solitário: “Pois onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração”

Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica são comparadas com as de Mozart e Beethoven, colocando-o entre os maiores compositores para piano do mundo.

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.