De acordo com pesquisas da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), 70% dos idosos precisarão de algum tipo de cuidado especial nos próximos anos. Esse cenário impulsiona a procura por profissionais de assistências, os cuidadores de idosos, ocupação que já apresentou um aumento de 15% nos últimos quatro anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

“O aumento na procura por cuidadores especializados é evidente. As famílias buscam um serviço que garanta mais segurança e qualidade de vida aos idosos”, afirma Jéssica Ramalho, cofundadora da Acuidar, a maior rede de cuidadores especializados da América Latina. Segundo ela, a contratação desses profissionais ocorre por diversos fatores, desde a necessidade de acompanhamento médico até a presença constante para atividades diárias, como higiene pessoal e alimentação. “O cuidador vai além da assistência pontual. Ele se torna um suporte emocional para o idoso e sua família”, acrescenta.

Segundo a especialista, o profissional não é apenas essencial para o acompanhamento da saúde física. Sua atuação envolve a promoção do bem-estar geral do idoso, proporcionando companhia, estímulo cognitivo e suporte emocional. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostra que, entre 2012 e 2022, houve um crescimento de 547% no número de cuidadores de idosos, passando de 5.263 para 34.054 profissionais.

O papel do cuidador

“Os cuidadores desempenham um papel fundamental na rotina dos idosos, oferecendo suporte em tarefas diárias e garantindo uma vida mais digna e independente”, pontua a profissional. A Acuidar, por exemplo, registrou mais de 3 milhões de assistências até o momento.

Sobretudo, o cuidador exerce um papel essencial que vai além da assistência física, abrangendo a mobilidade, a administração correta de medicamentos e a supervisão da alimentação. Sua presença diária proporciona segurança e conforto, prevenindo acidentes e garantindo que as necessidades básicas sejam atendidas de forma adequada. “Ele atua como um agente social ativo, estabelecendo vínculos afetivos, promovendo conversas, incentivando a participação em atividades recreativas e estimulando conexões com familiares e amigos”, completa Jéssica.

Prevenção de riscos

O processo de envelhecimento está frequentemente ligado ao surgimento de doenças crônicas e neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, que demandam cuidados contínuos e especializados. Nessas situações, a presença de um cuidador serve não apenas para apoiar nas atividades diárias, mas também para lidar com as necessidades emocionais e psicológicas do idoso. Através de seu acompanhamento, é possível melhorar a qualidade de vida do idoso, reduzindo o estresse e a ansiedade, e incentivando a interação social, o que é essencial para o bem-estar geral.

“Um cuidador treinado sabe identificar sinais de alerta precocemente, reduzindo riscos e promovendo uma abordagem preventiva”, explica Ramalho.

Aprimoramento do serviço

Com a crescente demanda, a formação dos cuidadores tem se tornado cada vez mais especializada. Empresas como a Acuidar tem investido continuamente na capacitação de seus profissionais, garantindo um atendimento humanizado e personalizado.

“Cada idoso tem necessidades únicas, e nossos cuidadores são treinados para se adequar à rotina de cada paciente, oferecendo um cuidado verdadeiramente personalizado”, destaca Jéssica. Essa preparação inclui treinamentos em primeiros socorros, técnicas de estimulação cognitiva e suporte emocional, assegurando que o idoso tenha uma assistência de excelência.