Todo mundo já sabe e comemorou o campeonato da Viradouro, escola de Niterói, campeã deste carnaval, anunciado na quarta-feira, 26. Os carnavalescos campeões, Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon conheceram-se pedindo material emprestado, produzindo desfiles, mas nunca tinham trabalhado juntos.

Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira

O carnavalesco Tarcisio Zanon, natural da  Cantagalo, começou a fazer carnaval quando era muito jovem, em uma escola de samba chamada Unidos da Floresta, de um distrito cantagalense, que já tinha referências de carnaval, já que a produção de chapéus e cabeças de palha para os carnavais cariocas dos anos de 1970/1980 vinham de lá.

O jovem artista diz que aos nove anos começou a ser carnavalesco e, quando jovem, mudou-se para Campos onde pode estudar Design. Posteriormente fez pós-graduação em Carnaval e Figurino, na Universidade Veiga de Almeida, no Rio, onde mora atualmente.

O artista estava há cinco carnavais na escola Estácio de Sá, onde foi campeão da Série A  com o enredo sobre o Panamá. O título valeu um lugar no Grupo Especial de 2020.

A saída de Zanon se deu pouco tempo depois da chegada da veterana e multicampeã Rosa Magalhães, que se mudou para a Estácio após deixar a Portela, com quem pretendia dividir a cena no carnaval de 2020. Mas o convite da Viradouro falou mais alto. E a parceria com Marcus Ferreira anunciava bons ventos.  

 Zanon  aceitou a parceria com o companheiro para a Viradouro e, com o enredo “Viradouro de alma lavada”, sobre as Ganhadeiras de Itapuã, a escola fez um desfile rico e contagiante, fazendo a plateia repetir o refrão “quem lava a alma dessa gente veste ouro. É Viradouro! É Viradouro!”.

A última e única vez que a Viradouro tinha sido campeã foi em 1997, com Joãozinho Trinta. A escola passou anos na Série A e só voltou ao Grupo Especial no ano passado, quando foi vice-campeã.

Zanon recebeu essa semana uma linda homenagem da Universidade Veiga de Almeida.