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Com uma abordagem afetuosa e intimista, o documentário “Ziraldo – Era Uma Vez Um Menino” faz sua estreia na TV, no canal Curta!, na próxima quinta-feira, 12, às 22h.

No filme, em tom confessional, o cartunista conta as histórias da vida e da trajetória profissional. O audiovisual, que tem duração de 100 minutos, tem Fabrizia Alves Pinto, filha do artista, na direção.

Para contar os muitos casos marcantes na carreira do mineiro de Caratinga, Fabrizia se vale somente de entrevistas recentes e antigas do pai, que hoje está com 89 anos.

Em uma delas, Ziraldo conta que passou a infância, no interior de Minas Gerais, lendo avidamente gibis do “Batman” e do “Super-homem”, os quais preferia a livros do “Sítio do Pica-Pau Amarelo”.

A primeira história em quadrinhos que criou, ainda criança, foi sobre um astronauta, o capitão Tex. “A minha vida começa exatamente aos 8 anos. É o ano em que o menino é uma criança, não viveu ainda, mas já discerne, já tem opinião própria e já fez descobertas incríveis”. Não por acaso, o Menino Maluquinho tem essa idade. A inspiração para a panela em sua cabeça foi das brincadeiras que o próprio Ziraldo fazia na infância.

A amizade com o genial Millôr Fernandes, o trabalho com publicidade e, posteriormente, com charges políticas são relembrados no longa-metragem, sempre com comentários perspicazes do protagonista.

Na época da ditadura, ele publicou ilustrações em “O Pasquim” e no “Jornal do Brasil”. Um dos prazeres proporcionados pelo filme é conhecer a origem de alguns personagens célebres.

Pererê, por exemplo, surgiu de uma campanha pela valorização dos quadrinhos nacionais:  “Não é combater o que está entrando (de fora). É dar força para a permanência dos valores daqui, criar condições para que a criança conheça melhor o seu país”, observa Ziraldo.