Práticas terapêuticas complementares aos tratamentos de saúde tradicionais, em tempos de pós – pandemia; conheça 

Paulo Haridas /Foto: Divulgação

A pandemia desencadeou uma epidemia de medo e outros sentimentos que muitas vezes a medicina convencional, por si só, nem sempre é capaz de tratar e curar. De que forma as terapias podem ajudar?

O quadro relatado na pergunta é muito preocupante. Mas, sem nenhuma dúvida, as Terapias Alternativas são uma saída na abordagem deste amálgama de emoção e tensão. Primeiramente, é importante destacar que cuidar do corpo não se trata somente dos aspectos físicos e/ou orgânicos, mas, também, do emocional, mental e espiritual. Com a ameaça de um vírus, até então desconhecido, o isolamento social, a quarentena, e com a pressão sentida sob todos os aspectos, tornou-se fundamental buscar um equilíbrio integral. Desta forma, a busca de alívio com as Terapias Alternativas reforça a essência das mesmas: a compreensão de que o ser humano é um todo, interligado e não fragmentado.

Muitas pessoas ainda possuem desconfiança desta via alternativa, alegando a falta de pesquisas rigorosas comprovando a eficiência dos tratamentos energéticos ou holísticos. Mas, com certeza, a abordagem desta via ou caminho como “ferramentas complementares ” é inquestionável. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) as recomendam e o nosso querido Sistema Único de Saúde (SUS) define as Terapias Alternativas como: práticas integrativas e complementares (PICs) , QUE NÃO SUBSTITUEM O TRATAMENTO TRADICIONAL, mas, são indicadas como suplementares, como “ferramentas agregadoras”. As PICs “disponíveis” são 29, cito algumas: cromoterapia, arteterapia, bioenergética, acupuntura, meditação, reiki e etc.

Na década de 90, estagiei no PAM 13 de Maio, ao lado do Teatro Municipal (RJ). Foi uma parceria realizada entre o Instituto de Acupuntura do Rio de Janeiro (IARJ) , minha Escola de formação, e a Secretaria Municipal do RJ. Os resultados foram fantásticos e gratificantes em todos os aspectos.

Percebemos que os sintomas de ansiedade, depressão e pânico aparecem mais aflorados, provocando tensões e, por conta disso, um desequilíbrio orgânico. Como podemos nos reequilibrar emocionalmente?

Uma questão é fundamental: como você cuida das suas emoções? O equilíbrio emocional, além de evitar doenças físicas, é importante para viver com mais saúde e qualidade de vida. Uma pessoa para manter o foco em seus objetivos, não fugir dos desafios do cotidiano, e mais ainda, sem perder a racionalidade e/ou sem desesperar, deve estar atento ao bem estar em sua vida. O ideal é trabalhar ao longo da vida o equilíbrio emocional, pois, a falta de cuidado com a saúde mental é considerado um dos principais fatores para o surgimento do estresse e das doenças psicológicas. Geralmente , quando as saúdes mental e emocional não vão bem, é comum observarmos a fadiga, falta de motivação para realizar as atividades do dia a dia, a falta de expectativas, de produtividade no trabalho ou nos estudos.

Os prejuízos também incluem “no pacote” , os desentendimentos afetivos e familiares. Algumas atividades devem fazer parte do cotidiano, com o objetivo do equilíbrio. Os momentos de lazer são fundamentais e favorecerem a produção dos hormônios de bem-estar: dopamina e serotonina. As atividades físicas também devem fazer parte do nosso dia a dia. Ou seja, o estilo de vida saudável deve ser nutrido, regado: tomar água de forma regular, ingerir alimentos leves (frutas e verduras, por exemplo). Além disso, priorizar a qualidade do sono é importantíssimo! E isto, está “linkado” com a organização e planejamento nas atividades profissionais ou acadêmicas. E, é claro, o check-up anual, também é muito significativo e necessário. Diante do exposto, fica nítido a importância dos profissionais, tanto da área da psicologia, como também da nutrição em todo este caminho.

Paulo Haridas é Profissional de Educação Física, Massoterapeuta Oriental e Teólogo Contatos: @pauloharidas pauloserafim@gmail.com  ou (22) 999432441