A Fevest, mais importante feira brasileira do setor de moda íntima, praia, fitness e matéria-prima, foi cancelada em função da pandemia do novo coronavírus.

Fato esperado desde março. Em 2011, ano da tragédia climática, não foi diferente. Com criatividade, organizadores e responsáveis pensaram e executaram mecanismos de vendas e receptivo de compradores. Deu certo. A engrenagem não parou.

Se durante os dias de feira, visitantes de todo o país têm a oportunidade de conhecer e realizar negócios em mais de 100 estandes de indústrias de confecção, matéria-prima, serviço e tecnologia, este ano, cremos, tudo será proposto virtualmente. O que não é mal negócio, se houver um mínimo de cuidado com a  linguagem de uma plataforma virtual e o aproveitamento das tecnologias a favor do setor.

Um exemplo de sucesso é o Vest Rio que, com dois eventos anuais, vem, há quatro anos movimentando a economia de moda do Estado do Rio de Janeiro. Na sua nona edição, o projeto conta com a apresentação do Banco Santander, em parceria das revistas Ela, do jornal O Globo, e Vogue Brasil, e oferecerá ao público uma série de ações multiplataforma: talks com grandes nomes da moda nacional e internacional que discutirão como se reestruturar, como recuperar a essência de sua marca. Também haverá um Ciclo de Mentorias que vai ajudar empresários do setor a criar estratégias que vão desde a organização de despesas até o marketing digital para estilistas e empresários do setor.

O Salão de Negócios será virtual, com apresentações de coleções recém-lançadas de marcas de moda do país, dirigidas aos compradores de moda do Brasil a expositores de moda. E, no Outlet, as marcas participantes darão descontos de até 80%, além de criar ofertas exclusivas para o Veste Rio, onde o cliente que quiser consumir será redirecionado para a loja virtual de cada marca.

Não é o máximo? No ano em que comemoramos os 30 anos de realização da Fevest, seria muito bom que mergulhássemos na sua essência que foi se deteriorando pelo caminho. Lingerie é moda. Moda é linguagem. É expressão. Nova Friburgo criou uma identidade nacional para o setor. É preciso voltar a se comportar como tal. Boa hora para rever conceitos e apostar em tecnologia sem perder o capital humano. Moda se faz com gente e para gente.