Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança, apelidada de “a Redentora”, foi a segunda filha, a primeira menina, do imperador Pedro II do Brasil e sua esposa a imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias.

Hoje, 29 de abril, seria o  aniversário de 174 anos da Princesa Isabel, uma das figuras mais conhecidas quando o assunto é o período monárquico da história brasileira, tendo sido a responsável por decretar a abolição da escravatura no Brasil. Casada com o francês Conde d’Eu, a princesa era a herdeira do trono brasileiro, mas a Proclamação da República, em 1889, forçou sua fuga para o exílio.

Historicamente, a princesa Isabel sempre foi exaltada como uma grande humanista por ter assinado a lei que acabou com a escravidão no Brasil. Essa atribuição à princesa vem sendo abertamente questionada por alguns historiadores, que apontam limites da atuação da princesa Isabel na questão abolicionista.

“A abolição não foi resultado da benevolência dela, mas de um processo de luta de abolicionistas e escravos ao longo da década de 1880. A princesa Isabel teve o mérito de assinar o documento, o que, muito provavelmente, D. Pedro II jamais teria coragem de assinar, por conta das reações que isso poderia causar entre as elites econômicas, que o sustentavam no poder.” Dizem alguns historiadores.

Além disso, outros historiadores apontam que a princesa preferiu, durante grande parte da década de 1880, permanecer alheia à questão escravocrata e somente se manifestou quando a abolição dos escravos era algo inevitável. Outros relatos falam que ela abrigou escravos em sua residência e portou camélias em sua roupa – flor símbolo do movimento abolicionista.

Nesta quarta-feira, na Paróquia São José da Lagoa, uma missa, que foi transmitida no canal do YouTube,  lembrou  ações desta mulher e sua importância  na história. Em Nova Friburgo, foi cliente do Hospital Hidroterápico Dr. Carlos Éboli e visitou, diversas vezes, com seu pai, D. Pedro II,  o Barão de Nova Friburgo.  Mas há uma história também do Cristo Redentor, por exemplo. Pouca gente sabe, mas uma estátua da princesa “redentora dos escravos” quase foi erguida no alto do Corcovado, antes do Cristo — ideia dos abolicionistas depois da assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888.