Foto: Reprodução

Por Igor Arraes

Toda 3ª quarta-feira de novembro, comemora-se o ‘Zinfandel Day’.

Assim como a Malbec é a uva símbolo da Argentina; a Tannat do Uruguai; a Carménère do Chile; a Shiraz da Austrália e a Pinotage da África do Sul, a Zinfandel é conhecida como “a uva dos EUA”.

Ela é cultivada na Califórnia, mais especificamente nas regiões de Sonoma e Napa Valley.

Seja um vinho caro em uma degustação, ou um vinho barato em casa, há 3 etapas básicas para se apreciar qualquer vinho.

1ª – análise visual – (Assim como apreciamos uma comida bem montada em um prato antes de prová-la, é importante observar o vinho antes de prová-lo. Por isso, inclinamos a taça assim que o vinho é servido)

Os vinhos tintos feitos com a Zinfandel, em geral, possuem coloração rubi intenso, bordas violáceas e reflexos violeta.

2ª – análise olfativa – (Da mesma forma que o cheiro da comida abre o nosso paladar, é importante sentir o perfume do vinho antes de prová-lo. Por isso, balançamos a taça antes de bebermos, para liberar seus aromas)

Os aromas do Zinfandel remetem a frutas maduras (ameixa, cereja, amora, framboesa, morango, pêssego) e há notas de delicadas especiarias (cravo, canela, pimenta), além de tabaco.

3ª – análise gustativa – (Por isso é importante bochechar o vinho antes de engolirmos. Esse ato ativa as papilas gustativas)

Vinhos Zinfandel são encorpados, com alto teor alcoólico. Possuem taninos macios e acidez moderada. Geralmente, possuem um sabor mais frutado, com toque doce. Ele acompanha bem filet mignon e queijos amarelos.

Estudos genéticos apontam que a Zinfandel e a Primitivo (minha uva preferida) são, praticamente, a mesma uva. Elas são clones da casta croata ‘Crljenak Kastelanski’, que foi levada da Croácia para a Puglia (região mais oriental da Itália) pelo mar Adriático no século XIII. Os melhores Primitivos vêm da comuna (cidade) italiana de Manduria.

Por volta de 1820, a Primitivo chegou à Califórnia quando italianos, atrás de um vida melhor, migraram para a América (5,5 milhões de italianos entre 1820 a 2004). Lá, ela passou a ser chamada de Zinfandel.

O autor: Igor Arraes de Alencar é friburguense. Aficionado por Geografia e História, já rodou por mais de 50 países nos quatro cantos do mundo. Também amante de Português, Matemática, Química, Biologia, Física e Astronomia, escreve sobre fatos históricos e curiosidades da vida, unindo a Arte à Ciência, mesclando todas essas matérias que ama.